terça-feira, 8 de abril de 2008

TÁXIS

Uma das marcas mais características dos States...

Aqui em Chicago, como noutras cidades dos EUA, os táxis encontram-se um pouco por todo o lado: em cada esquina, em cada rua, à porta dos prédios, nos sítios mais recônditos. Ainda por cima não são particularmente caros, por isso transformaram-se rapidamente num dos meios de transporte preferidos dos americanos, em geral (e um dos primeiros hábitos que “apanhei” nestes quase, quase 6 meses – lá está... em Roma, sê romano...).

De facto, é tão conveniente que é difícil resistir a esticar o braço e chamar os “amarelinhos” (nem sempre amarelos, mas isso agora também não interessa nada), ainda para mais quando as distâncias são todas razoavelmente pequenas, dentro da cidade, e, por isso, o gasto na carteira parece não ter grande expressão.

Para além disso, há algumas particularidades nos táxis americanos a que eu acho piada, tais como:

- Os condutores são todos estrangeiros, normalmente de países muçulmanos (mas ainda não apanhei nenhum de turbante), médio oriente e/ou europa de leste e estão sempre a falar ao telemóvel numa língua totalmente imperceptível – aqui raramente é preciso fazer “conversa de chacha” com os motoristas, porque eles estão sempre ocupados e nem querem saber de nós;

- Usam a luz acesa (o sinal luminoso, em cima do carro) quando estão disponíveis e a luz apagada quando têm clientes;

- Não cobram suplemento por levar malas na bagagem (nunca percebi esse conceito!) mas, em geral, cobram 50 cêntimos por cada “cabeça” no táxi;

- Deixam levar 5 pessoas no táxi, o que dá muito jeito para sair à noite em grupo e poupar uns trocos;

- Apitam à noite quando passam por nós na rua, para os “vermos” e sabermos que estão livres (esta é uma das minhas preferidas... no início apanhava cada susto na rua! Até estranhei que isso não fosse considerado assédio sexual, para os padrões – falsamente moralistas - dos americanos!);

- Encontram-se sempre táxis parados à porta de grandes prédios residenciais, à espera de clientes (um destes dias estava um amigo a comentar que nessa semana teve de sair de casa às 4h30 da manhã para ir trabalhar, durante 2 dias seguidos, e de ambas as vezes tinha táxis “estacionados” à porta como se de um hotel se tratasse) –isso também acontece no meu prédio, razão pela qual os táxis se tornam tão atractivos e convenientes.

E por último...

Imaginem que estão em pleno inverno chicaguense e precisam de táxi para ir para qualquer sítio, por ex., à noite... ficar parado à porta do prédio de braço esticado à espera de táxi não é opção (o braço congela na hora! e o táxi, no meio da escuridão, provavelmente não se aperceberá), por isso, em alternativa a ligar para o rádiotáxis cá do sítio, basta pedir ao porteiro do prédio que ligue a "cab light", uma lâmpada intermitente colocada do lado de fora do edifício que vai apagando e acendendo em forma de sinal para chamar os táxis que andam na zona.

Mais conveniente que isto é difícil, porque permite ficar no quentinho, dentro do edifício, à espera do táxi, mas por norma isto só existe em prédios predominantemente residenciais ou similares, pelo que quando se regressa de um bar ou de uma disco tem mesmo de se esticar o braço e ficar à espera de táxi para ir para casa...

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