segunda-feira, 30 de junho de 2008

Como diriam os Coldplay... Viva la vita!

Mais uma visita, mais um pretexto para “viver” Chicago a todo o vapor, entre shows de stand-up comedy, jogos de baseball (esse desporto interessante... mas um estádio cheio de mística!), festas de anos 80 (que saudades das festas da Comuna...), bares de blues e de jazz, jantares e copos.

Nas palavras do próprio, Chicago tem um McDonald’s em cada esquina e muitos parques deslumbrantes (é engraçado ver as características da cidade que saltam à vista em cada uma das pessoas que me visita), mas no fim do dia acho que nos divertimos bastante e fiquei com pena que o tempo passasse tão depressa.

Aqui ficam umas fotos tiradas no museu da indústria e ciência, onde passámos umas horas bem agradáveis.




(o André a fazer de galã ao lado do submarino alemão)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Visitas

E o ritmo de visitas não pára (já percebi que Junho é mesmo um mês apetecível neste domínio, e calha mesmo bem, porque é um mês excelente para se viver Chicago).

O fds passado lá andei a fazer de guia turística à Alex, a minha amiga francesa que mora em S. Francisco (depois de ela me ter feito apaixonar por S.F., não quis ficar atrás e fiz questão de lhe mostrar todos os encantos – no tempo disponível - de Chicago).

Calcorreámos a cidade de uma ponta a outra, até quase à exaustão física, e tirámos partido da “boa vida” de Chicago, entre compras, jantares, ida ao bar de blues (um clássico que não poderia faltar, claro está) e passeios ao longo do lago a culminar em daiquiris de morango e petiscos ao fim da tarde no bar/barco da praia.

E daqui a poucos dias estará por cá mais uma visita, que vem passar a próxima semana por terras chicaguenses e, esperemos, apaixonar-se de imediato pela windy city.

E agora que o EURO acabou para nós...

Teve, pelo mesmo, a parte positiva de me ter permitido conhecer mais 2 ou 3 portugueses a viver por cá (com quem me cruzei no bar irlândes onde costumo ir ver os jogos de futebol), pelo que os meus contactos com a comunidade lusa crescem a olhos vistos!

Ah, e estes também são (como eu) representantes da classe trabalhadora, ao contrário da grande maioria dos tugas que conheço por cá, que fazem parte da vida académica.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Blues Fest

O 25º aniversário do festival de blues de Chicago teve lugar entre os dias 5 e 8 de Junho, e acolheu milhares de fãs que se deslocaram ao Grant Park para ver - ao vivo e a cores – os grandes monstros desse estilo musical que está íntima e indistintamente ligado à história da própria cidade.

Esforços não foram poupados na organização deste festival, que tem sido um marco importante da cidade de Chicago desde o seu início, pelo que 5 palcos foram montados e horas a fio de boa (e relaxante) música foram proporcionadas, de forma totalmente gratuita - como já vem sendo apanágio destas grandes manifestações culturais de Chicago – a quem se deslocou (e por lá ficou...) durante 4 intensivos dias de música e convívio.

A fechar o festival, nada melhor do que o rei – não, não foi o regresso do Elvis, mas sim do B.B.King, esse monstro sagrado do blues que interrompeu gentilmente a sua reforma para nos proporcionar momentos inesquecíveis de “boa-onda” musical.

Foi um fim de tarde perfeito, com o sol a cair lentamente no horizonte, a lua a emergir de forma suave, um punhado de bons músicos a tocar blues, e milhares de pessoas espalhadas pela relva do Grant Park a apreciar (devidamente) o momento, num ambiente saudavelmente relaxado e de bem com a vida, onde cada um se exprimia como bem lhe apetecia ao som da música.


PS – E nessa tarde rendi-me às evidências e comprei “a cadeira da praxe”, que por cá ninguém vem para os festivais sem a casa inteira atrás! Não se admirem se no próprio festival eu já tiver a geleira portátil também! Afinal... em Roma, sê romano.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Impact Day

Uma vez por ano, a empresa decide contribuir de forma (ainda mais) activa para a comunidade de Chicago (e de todas as outras cidades americanas nas quais temos escritório) e os seus empregadores (aqueles que se voluntariam para tal) dedicam o dia aos vários projectos sociais que nos são dados a escolher e que, aliás, são propostos e desenvolvidos pelos próprios.


O difícil é, na verdade, escolher o projecto, entre as muitas dezenas de opção, mas no meu caso foi tarefa fácil, já que alguns dos meus amigos decidiram unir-se a uma organização sem fins lucrativos chamada America Scores e ajudar uma das escolas carenciadas de Chicago a ter um espaço expressamente dedicado ao futebol, uma vez que esta organização se dedica a promover a integração e o desenvolvimento de crianças e jovens na escola e na comunidade através do futebol (sim, sim, o “nosso” futebol, curiosamente, e não a versão americana).

Mais apropriado não poderia ter sido, até porque o Impact Day ocorreu, exactamente, no dia anterior ao início oficial do EURO 2008 (o tal evento que por aqui está a passar ao lado... inacreditável...), pelo que nos deslocámos à escola para limpar o recreio e marcar e pintar um jogo de futebol, que servirá agora de palco à organização de um torneio entre escolas.



O dia passou a correr (na verdade, acabou até um pouco mais cedo do que o esperado, já que começou a chuver no momento exacto em que acabámos de pintar a nossa obra de arte no chão do recreio da tal escola... felizmente, a pintura sobreviveu) e o convívio com os miúdos foi muito agradável (difícil foi explicar-lhes que não precisávamos de ajuda a pintar, porque as trinchas e as tintas fizeram mais sucesso imediato do que o campo em si!), pelo que no próximo ano podem novamente contar comigo para um qualquer projecto social do género.

Americanices

Por altura de receber as segundas visitas – desta vez, o meu pai e uns amigos da família – lá fui confrontada com alguns sinais de “integração” no american way of life, desde a adaptação aos novos sinais luminosos para peões (entre a luz verde e a luz vermelha há um estado intermédio que, hoje em dia, já consigo calcular com algum grau de certeza, mas não foi fácil convencer o meu pai a confiar nisso), à quantidade enorme de comida em cada prato de restaurante (vá lá, ainda acho isso um desperdício, mas já estou bem mais habituada), passando pelos arranha-céus de mais de 50 andares (banalíssimo, hoje em dia) e os luxos dos prédios residenciais (piscina, ginásio... tudo gratuito).

Mas nada perturba mais o sistema de um lusitano do que o sistema das gorjetas na América!

Primeiro que tudo, há que aprender o costume em cada ramo de negócio, a fim de perceber qual a percentagem razoável de gorjeta que se deve deixar (cabeleireiros é 20%, restaurantes é entre 15% e 20%, táxis depende do valor em causa, guias turísticos é 2 ou 3 dólares por casal/pequeno grupo, nos bares é comum deixar 1 dólar por cada bebida pedida...), tarefa já de si nada fácil para quem se está a estrear neste “negócio” de viajar para os States.

Depois, há que vencer a ideia de que a gorjeta é apenas devida quando o serviço prestado é muito bom e merece ser recompensado - horas e horas já perdi eu a tentar explicar a quem me vem visitar que a gorjeta por cá é vista como uma parte integrante do preço, e que então se pode, dentro de uma margem aceitável, escolher dar uma percentagem maior ou menor em função de se ter ficado, ou não, particularmente agradado com o serviço em causa.

E nestas pequenas coisas se vê como a cultura do país que escolhemos para viver se vai, lentamente, imiscuindo em nós.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Festejos

E agora sim... já estou a imaginar a comunidade lusa por esse mundo fora a gritar PORTUGAL! e a espalhar as cores vermelha e verde (ai que saudades de invadir o Marquês!). Se já antes estava a ser uma dor de cabeça para as autoridades suíças, imagino agora! :-)

Por aqui o jogo passou às 11h da manhã (esta coisa da diferença horária dá cabo dos meus nervos em momentos destes) e eu combinei com o meu chefe ficar em casa de manhã para ver o jogo, porque estava fora de questão não passar aqueles 90 minutos colada em frente à tv, embrulhada na minha bandeira e a torcer activamente pela nossa equipa!

Giro, giro, foi ouvir os comentários ao jogo. É que isto de ter uma tv americana a passar (e a comentar) jogos de futebol tem, realmente, piada... (mas, curiosamente, ou talvez não, os comentadores tinham sotaque claramente british).

Primeiro que tudo, estavam deliciados com o facto do Scolari ser conhecido por Filipão (na versão de Big Phil, aqui por terras do tio Sam). Para além disso, mostraram-se muito admirados quando perceberam que o Petit também rematava (não devia estar escrito nas cábulas deles que ele também era conhecido pelos seus remates de longe e estavam um bocado baralhados com isso).

Hilariante foi quando se puseram a comentar o Ricardo... expressões como "este guarda-redes é uma constante preocupação para a equipa" (até estes tipos, que nada percebem de futebol!!!) e "lembro-me vagamente de ele ter uma vez marcado um penalti, não foi?" alegraram a minha manhã.

E, por último, são obcecados pelo Cristiano Ronaldo (não que seja uma surpresa, claro, mas repetiram sei lá quantas vezes que era o melhor jogador do mundo) - a minha teoria é que o único jogador de que estão mais ou menos à vontade para dizer umas baboseiras - e depois do jogo até passaram um documentário sobre a vida dele com - ATENÇÃO AO PORMENOR DE LUXO - o corridinho da Madeira como pano de fundo!

terça-feira, 10 de junho de 2008

De novo o tempo...

Muitos alertas de tornado depois percebi, finalmente, que isto dos tornados tem muito que se lhe diga...

É que agora estamos numa fase em que os alertas são quase diários, e tornados propriamente ditos nem vê-los, pelo que comecei a prestar mais atenção, e voilà...

Afinal quando eles falam em tornados também quer dizer “severe weather”, ou seja, chuvas intensas (que vêm e vão), ventos fortes e trovoadas bem ruidosas (daquelas que acordam toda a gente às 2h da manhã), tudo isto misturado com um calor e uma humidade que mal se conseguem suportar! Mas enfim, agora que o calor chegou (finalmente!), não nos podemos queixar!! :-)

Mas não deixa de ser divertido ver que o boletim metereológico é, por estes dias, ainda mais completo do que o habitual – é só ligar a tv pela manhã e ficamos logo a saber que há um alerta de tornado das 8h30 às 11h55 da manhã, que podemos esperar uns raios de sol das 11h59 às 3h05 da tarde, que às 5h52 da tarde há 40% de possibilidades da chuva voltar, que a temperatura vai ser de 77º às 9h da manhã, de 80º ao meio-dia, de 82º às 6h da tarde (sim, porque aqui a temperatura máxima é às 5h / 6h da tarde e não a seguir ao almoço) e de 75º às 9h da noite!

Euro 2008

Muitos textos se esperam aqui sobre o Euro 2008 (assim haja motivo para os escrever), mas queria deixar-vos aqui um cheirinho das diferenças culturais que saltam já à vista.

Como toda a gente sabe, desde o início da era Scolari que não há ninguém que, durante um Euro ou um Mundial, não tenha o seu cachecol no emprego ou a sua bandeira pendurada na janela. Para além disso, não há bar / restaurante / tasca que não esteja a exibir todos os jogos do Euro.

Pois bem, por cá, como podem imaginar, não há bandeiras penduradas nas janelas nem cachecóis nos escritórios - a minha bandeira (gigante) é a única que se avista neste escritório (acho que ainda ninguém se apercebeu, sequer, que o Euro está a decorrer...).

Para além disso, antes de ir almoçar a qualquer lado (os jogos aqui dão às 11h da manhã e à 1h45 da tarde), é preciso ligar para o restaurante e perguntar, expressamente, se eles podem pôr UMA das televisões a dar o jogo.

Claro que estamos a falar daqueles bares / restaurantes tipicamente americanos, cheios de televisões por todo o lado, que só passam basebol (por esta altura) e que, então, lá se compadecem a pôr uma das dezenas de tvs a passar o jogo de futebol só mesmo para mim...

O pedido deve ter sido considerado tão estranho que o próprio gerente do restaurante veio entretanto "conhecer" a rapariga que tinha ligado para lá a pedir para exibirem o jogo na sua hora de almoço e quis saber tudo sobre o meu interesse no Holanda - Itália (isto de eu ser tuga em vez de holandesa ou italiana estava a ser demasiado para ele perceber exactamente o que se estava ali a passar...).

Para além disso, também fiz um especial pedido à minha empresa para exibirem os jogos nas tvs que existem nas áreas comuns (tipo cozinha) em vez de estar sempre na CNN... e, guess what? o pedido foi aceite! :-)

Por esta altura, já devo ser considerada a freak do futebol...! Ao menos é por uma boa causa! :-)

POR-TU-GALLLL!!!

Apesar do EURO 2008 estar, por aqui, a passar completamente ao lado, a comunidade lusa fez questão de se juntar a propósito do jogo de Portugal contra a Turquia e, devidamente equipada (bem, alguns...), deu o seu contributo de "treinadores de bancada", torcendo activamente pela equipa.



A exibição foi boa, o resultado foi excelente, os parabéns são devidos, e agora apenas se espera que isto tenha sido o início de uma caminhada triunfante até ao dia 29 de Junho.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Gospel Festival

E a cidade de Chicago recebeu no passado fds, como já vem sendo hábito nesta altura do ano, mais uma edição do festival de Gospel (nada como um evento destes para se ter verdadeira noção da comunidade afro-americana na cidade).

Durante 3 ou 4 dias, o Millenium Park foi palco de inúmeros coros de gospel, que ao ar livre e sob o patrocínio da Câmara (a admissão ao recinto era inteiramente gratuita), vieram partilhar connosco a sua fé musicalmente vivida.



E quem já chegou tarde ao recinto e não teve lugar nas cadeiras "oficiais", trouxe a sua cadeirita de casa e sentou-se confortavelmente na relva.

Visitas

Fds cheio de emoções, com a visita do meu pai e de uns amigos dele.

Deu para fazer alguns dos passeios turísticos que ainda não tinha tido oportunidade de fazer:

- A viagem guiada de barco pelo rio;


- A cidade vista do observatório da Sears Tower;

- A visita ao Planetário;


- A visita ao Navy Pier.


Pelo meio... bares de blues e de jazz, longos passeios à beira lago e pelos parques da cidade, gastronomia tipicamente americana e reorganização da casa sob a alçada do papá. :-)

terça-feira, 3 de junho de 2008

E a melhor artista do planeta...

... em grande em Times Square


PS - Já tenho bilhete para o concerto dela em Chicago! :-)

Ainda NY

E a pedido de muitas famílias, cá ficam algumas fotos da Big Apple...