quarta-feira, 30 de abril de 2008

Tornados

As notícias sobre os 3 tornados que varreram a Virgínia, sem qualquer aviso prévio, esta semana, e que deixaram um rasto de destruição impressionante, lembrou-me a experiência da passada 6f.

Estava eu no aeroporto de Chicago a comer qualquer coisa e a fazer tempo para apanhar o avião para Seattle, quando começo a ouvir uns rumores de que nenhum avião estava autorizado a levantar vôo, pelo menos, durante a hora seguinte (sendo que o meu avião deveria descolar dali a uns 30 ou 40 minutos), pelo que me dirigi para a porta de embarque para tentar confirmar a informação. E, de facto, todo o movimento do aeroporto estava suspenso por tempo indeterminado...

Atrasos e cancelamentos de vôos são muito frequentes em Chicago, quer pelo clima, quer pelo intenso tráfego aéreo da região, um dos mais movimentados do mundo, mas parar todo o aeroporto sem ser em dia de tempestade imensa de neve ou nevoeiro cerrado, já me parecia muito estranho.

Quando eu perguntei a razão de ser de tal procedimento, fui olhada com um ar de incredulidade que me fez sentir ainda mais pequena do que sou mas, de facto, eu devia ser a única pessoa, até àquela data, que ainda não tinha olhado pela janela...

E lá fora era este o cenário, completamente de um momento para o outro... rajadas de ventos fortíssimos, chuva intensíssima, uma trovoada pavorosa e uns raios que pareciam vir das nuvens até ao chão. Alerta de tornado, pelos vistos (que me estava a passar completamente ao lado porque nem se destinava a Chicago e, realmente, passou por nós muito lateralmente), e que obrigou todos os serviços exteriores do aeroporto a recolherem de imediato ao interior do edifício.

Assim que amainou um pouco, pudémos embarcar e seguir viagem - o comandante do avião ainda nos preparou para um cenário de grandes "abananços" nos primeiros minutos de vôo, mas até foi relativamente tranquilo. E acabou por ser (apenas) um atraso de 1h, o que até não foi nada mau, atendendo às circunstâncias (tirando o facto de eu não ter conseguido entrar em contacto com o meu "motorista de serviço", que aproveitou para pôr a leitura em dia enquanto esperava por mim em Seattle).

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