segunda-feira, 31 de março de 2008

IMPROV SHOW

Este fds fui assistir, pela primeira vez, a um "Improv Show", que é uma forma de stand-up comedy ao sabor do improviso (daí o seu nome).

De facto, antes do show começar, o grupo de "comediantes" pede ao público que sugira uma palavra (qualquer uma) e o início do show desenrola-se de seguida, "criado" no momento, motivado pelo mote dado pela audiência.

Ao contrário da stand-up comedy "normal", estes espectáculos costumam pautar-se pela existência de vários comediantes em palco ao mesmo tempo, que vão interagindo uns com os outros à medida que conseguem arranjar uma deixa que "encaixe" no que os outros estão a fazer ou afastando-se para o lado quando a acção se está a desenrolar em torno de outros e o "momento" está a "pegar" junto do público.

O conceito é original mas exigente, e tanto pode dar origem a situações e momentos verdadeiramente criativos e divertidos, como pode originar diálogos sem nexo e algum silêncio comprometedor (altura em que outro elemento do grupo "invade" novamente o palco e inicia nova sequência de "improviso").

O "Improv" é um fenómeno bastante grande na região de Chicago, e parece que foi, inclusive, de alguns destes clubes da cidade que saíram alguns dos nomes do "momento" em termos de shows televisivos de "comédia/improvisação", à boa maneira de um Jay Leno ou de Jon Stewart, pelo que não faltam candidatos a ser "o próximo talento".

PS - Curioso, curioso é que se pode ter aulas de "improvisação"... Alguns dos artistas em palco têm anos e anos de aulas destas!

Baseball is back - Opening day

Já não se falava de outra coisa e, finalmente, lá arrancou hoje a época de baseball deste ano (na verdade, começou oficialmente algures no Japão, um destes dias, onde 2 equipas americanas foram disputar um jogo, com intuitos meramente comerciais, mas isso é outra história).

Por isso, esta manhã, quando acordei, já estavam as televisões a fazer a cobertura, em directo, dos inúmeros adeptos que estavam "plantados", em fila indiana, à porta do estádio dos Chicago Cubs, o famoso Wrigley Field, à espera da sua vez para entrar - isto apesar do nevoeiro e da chuva que se tem feito sentir nos últimos 2 dias (e sim, o estádio não é coberto, mas isso não parece incomodar ninguém) e apesar do jogo ser apenas por volta da 1h da tarde...

Para além dos Chicago Cubs, existem ainda os White Sox, pelo que os chicaguenses dividem-se entre uma e outra equipa (os Cubs são os preferidos, no entanto).

PS - Mais um daqueles desportos feitos para americanos e só perceptíveis por americanos, parece-me...

quinta-feira, 27 de março de 2008

Arte...



Um destes dias li uma reportagem sobre uns painéis inovadores colocados nas ruas de NY e entretanto lembrei-me destes rectângulos colocados no meio de um dos parques da cidade de Chicago, cujas caras e respectivas expressões faciais vão mudando consecutiva e lentamente.

Seattle

Anos depois de ter iniciado a minha "Pearl Jam fase", lá vou eu (daqui a 1 mês) conhecer a famosa cidade que deu origem ao movimento musical grunge (apropriadamente também apelidado de Seattle Sound).

Mal posso esperar! E então se encontrar o Eddie Vedder nalguma esquina, vai ser o delírio!

terça-feira, 25 de março de 2008

O que se passa com a política nos States...?

Obama vê-se obrigado a pedir desculpa (e a desmarcar-se) pelas declarações racistas do seu guia espiritual, confessor e amigo de família de mais de 20 anos;

Hillary tenta explorar ao máximo a sua suposta experiência em questões de segurança nacional e representação diplomática dos EUA no resto do mundo, caindo no exagero de acrescentar vários "pontos" ao seu "conto" sobre uma visita à Bósnia enquanto primeira-dama;

O governador de Nova Iorque é obrigado a demitir-se na sequência de um escândalo sexual; o seu sucessor, o primeiro afro-americano e cego a ocupar o posto, vê-se obrigado, após 2 semanas no poder, a revelar que tanto ele como a mulher tiveram, no passado, casos extra-conjugais!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Fim-de-semana

Andava eu há semanas a "reclamar" um fds calmo em Chicago, com tempo para tratar de uma lista infindável de coisas que, por um motivo ou por outro, vão ficando para trás, e voilà, a oportunidade chega, e de repente fica no ar aquela sensação de não o ter aproveitado devidamente, só porque não tinha 300 combinações ao mesmo tempo (o que, aliás, era o objectivo deste fds)... Enfim, coisas de quem nunca está totalmente contente com o que tem.

Seja como for, fds calmo e com tempo livre é sinónimo de gasto desmesurado (?) em compras (felizmente, estes excessos consumistas não acontecem com frequência), por isso tirei umas horas no domingo - depois de ter acordado relativamente cedo para ir para um Irish pub ver o Chelsea - Arsenal (estes horários de futebol inglês dão cabo do meu sistema!) e desatei a comprar mesas e cadeiras, almofadas, quadros, cesto de verga, espelhos...

Agora só faltam umas gavetas para pôr a roupa de Verão, que continua arrumada em malas, à espera de espaço, e depois já vai dar, pelo menos durante os próximos (largos) tempos, para "arrumar"a necessidade de (acabar de) decorar a casa.

PS - A Páscoa foi celebrada com um jantar, sábado à noite, num restaurante de Tapas (foi o mais próximo que se conseguiu arranjar de comida portuguesa, imaginem...).

sexta-feira, 21 de março de 2008

HAPPY EASTER

Por cá não é politicamente correcto festejar feriados religiosos - se bem que o escritório está praticamente vazio, hoje - por isso lá temos de trabalhar na 6f santa, mas pelo menos dá para sair mais cedo (é a vantagem de ter chefes europeus...) .

Boa Páscoa!

Primavera...?

Ontem... um lindíssimo dia de sol (que começou com temperaturas razoáveis de manhã e foi progressiva e ameaçadoramente arrefecendo ao longo do dia), a fazer jus ao início da Primavera.

Hoje... uma tempestade de neve e chuva intensa, que está a deixar a sua marca branca por toda a cidade...

Vá-se lá perceber este tempo!

quinta-feira, 20 de março de 2008

March Madness

E os EUA entram numa nova fase de "loucura" desportiva, apropriadamente apelidada de March Madness, com o campeonato de basket universitário.

Ontem e hoje as televisões cobriram de forma exaustiva (quanto possível) os vários jogos de college basket que decorreram non-stop das 11 da manhã à meia-noite, e os próximos dias, se bem que menos "compridos", prometem ser igualmente intensos, até à grande final, que decorrerá dia 7 de Abril.

Esta é a oportunidade dos jogadores universitários poderem mostrar o seu talento e sonhar com um lugar ao sol no próximo "draft" das equipas de NBA (altura em que estas vão recrutar "novos talentos" para a próxima temporada), por isso tudo é levado muito a sério.

Não deixa de ser curioso ver o envolvimento dos americanos em geral em relação a este fenómeno, mas o mais interessante é ver que até a nível corporativo se "assinala devidamente" o momento, com as empresas a organizarem apostas "oficiais" entre os empregados sobre qual será a equipa vencedora. Já para não referir as apostas normalmente feitas entre grupos de amigos.

PS - A minha equipa vencedora é a UCLA (Los Angeles, Califórnia), mas foi completamente ao acaso, já que tive de preencher a aposta em 2 minutos e sem poder sequer pesquisar sobre as equipas a jogo.

SPA

E porque o meu prédio, coitadinho, só tem 2 salas de ginásio, 2 salas de computadores, 1 café com ecrã gigante, uma piscina, um terraço enorme e uma biblioteca - tudo gratuito e de acesso exclusivo dos seus residentes, agora decidiram instalar um centro de SPA no 2º andar... Mas isso imagino que seja a pagar (mordomias, sim, mas não tantas...)!

Ah, esta semana a entrada do meu prédio tem servido de galeria de arte para uma qualquer artista russa (?) e ontem houve, até, um cocktail para os residentes do prédio, para assinalar a mostra dos quadros... Giro, não?

terça-feira, 18 de março de 2008

Desfile - TOP 3

A corrida entre as sanitas e as banheiras...



Os bonecos insufláveis...



Os "back-to-the-future cars"...



PS - Esta é uma pequena amostra das mais de 200 fotos que tirei durante as 3h que durou o desfile...

E o desfile de St. Patrick's


Bandas e mais bandas...


O Mayor e respectiva família "patrocinaram" um dos carros alegóricos...


Mais um "carro-eléctrico"...



E mais uns carros alegóricos...


E uns cavalos...


E não podiam faltar os "kilts"...

segunda-feira, 17 de março de 2008

E o verde domina


Na cerveja... (não sabe lá muito bem, não...)


Na iluminação dos edifícios principais...


Na fonte da "praça da estátua do Picasso"...

E o rio de Chicago ganha uma nova cor

St. Patrick (St. Paddy, para os amigos), santo padroeiro da Irlanda, viveu algures no século V e é amplamente celebrado todos os anos (também) desde lado do mundo (de repente, parece que todos os americanos têm antepassados irlandeses... o que não deve deixar de verdade, pelo menos parcialmente, atendendo à história dos EUA).

Chicago aperalta-se a preceito - o dia oficial celebra-se hoje, dia 17 de Março, mas as celebrações oficiais aconteceram durante o fds.

O ponto alto... O rio pintado de verde (efeito que ainda dura uns 2 ou 3 dias)! Vejam a progressão da cor nas fotos abaixo... Foi o delírio!



Escusado será dizer que, apesar dos milhares que ali estavam, na manhã de sábado, a "curtir o momento verde", muitos outros já estavam a "curtir a sua bebedeira".
De facto, St. Paddy's Day é também um "dia oficial de bebedeira". Os bares irlandeses estiveram apinhados de gente, com filas e filas à porta, porque ninguém queria perder pitada do "ambiente irlandês" e, para muitos americanos, o objectivo de sábado era (apenas) apanhar "a bebedeira do ano" - aliás, fui convidada para ir para um bar logo às 7h da manhã de sábado...
Ainda o sol não ia alto (se o houvesse, pelo menos...) e já muito boa gente estava bem aviada! Mas confesso que começar o dia a beber cerveja não faz o meu estilo...

St Paddy's weekend - Part I


sexta-feira, 14 de março de 2008

GREEN

A cidade de Chicago vai "virar" verde este fds...

Estou desejosa de ver isso e prometo contar tudo para a semana.

quinta-feira, 13 de março de 2008

...

São 6h da tarde, vou sair do escritório e estão 14º lá fora... e ainda uma horita de sol... Nem acredito!

quarta-feira, 12 de março de 2008

E o Inverno continua...

Depois de um fds muito bem passado, de um calorzinho apetecível próprio de uns belos dias de Primavera, de um tom bronzeado na cara que já não tinha sei lá desde quando... estou de volta ao inverno de Chicago... que dura e dura e dura... desta vez foi difícil regressar...

O que vale é que os dias são maiores (mudou a hora este fds) e solarengos, ainda que as temperaturas teimem em não deixar (definitivamente) de rondar os zero graus...

Primavera, volta! Estás perdoada!

Alcatraz

Uma das maiores atracções de San Fran situa-se, precisamente, numa pequena ilha pouco distante da cidade, conhecida pela ilha de Alcatraz, nome que advém da quantidade de gaivotas existentes na ilha.

Alcatraz, também conhecida por "The Rock", foi uma conhecidíssima prisão de alta segurança até ao seu encerramento, em 1963,"albergando" no seu seio prisioneiros tão famosos como Al Capone (preso por evasão fiscal...). Posteriormente, foi palco de inúmeros filmes e livros, transformada em museu e visitada anualmente por milhares de turistas.

A posição privilegiada da ilha face à cidade relembrava os prisioneiros, todo e cada dia, o mundo lá fora que lhes estava vedado.



Apesar da pouca distância, correntes fortes e geladas, ventos constantes e a existência de tubarões asseguravam que qualquer tentativa de fuga fosse impossível.

Até hoje, a travessia a nado entre a ilha e a cidade só foi, aparentemente, bem sucedida quando efectuada por pessoas especialmente treinadas (atletas e rangers), pelo que nunca se duvidou da impossibilidade de fuga a nado. Alcatraz era, aliás, a única prisão com banhos de água quente, medida tomada para desencorajar qualquer plano de fuga que envolvesse nadar nas águas do Pacífico.



Reza, por isso, a história que não há registo de qualquer fuga bem sucedida daquela prisão, ainda que alguns (muitos poucos) prisioneiros tenham conseguido evadir-se do edifício com a ajuda de umas colheres (com as quais escavaram túneis) e o seu paradeiro permaneça incerto até hoje (a última vez que foram vistos lançaram-se ao oceano e, verdade seja dita, os seus corpos nunca chegaram a ser encontrados). Há quem diga que terão ido para a América Latina, já que estavam a aprender espanhol na prisão.

As celas eram, como esperado, pequenas e desconfortáveis, com as "mordomias" reduzidas ao mínimo absolutamente indispensável.

San Fran

O que dizer de S. Francisco...?

Cidade maravilhosa (ainda que a da canção seja outra), de pequena dimensão, com cerca de 750,000 habitantes.

Cidade das colinas



Das casas de sonho



Cidade dos eléctricos



Cidade das aulas gratuitas de swing no meio do parque



Cidade que alberga a maior cidade chinesa do mundo fora da China

terça-feira, 11 de março de 2008

sexta-feira, 7 de março de 2008

Chicago Bulls

Ontem à tarde / noite fui ver (desta vez com os meus colegas de departamento) mais um jogo dos Chicago Bulls.

A equipa adversária - os Cleveland Cavaliers - ocupam um dos lugares de topo do campeonato a nível regional e eram dados como vencedores certos.

Mas os Bulls estavam claramente inspirados e estiveram praticamente todo o jogo à frente, tendo consagrado a sua exibição extraordinária (especialmente na 2ª parte, ou seja, nos 3º e 4º tempos) com uma vitória absolutamente merecida (e a 1ª a que eu assisti ao vivo).

Foi uma noite de glória e de emoções fortes, que acabou da melhor forma... num bar de vinhos ali perto, a conversar sobre as inúmeras diferenças entre os EUA e a Europa.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Obesidade...?

Esta empresa continua na sua luta diária de não deixar os seus empregadores passarem fome nesta busy season...

Hoje tivémos vales de almoço para usar num restaurante mexicano aqui perto, leite (simples e com chocolate) e bolachas / brownies para o lanche, e ao jantar serviram pizza, salada, fruta, cheesecake e gelado...

E depois admiram-se que toda a gente se queixe de uns quilinhos a mais...

Chelsea

Por último, uma palavra sobre a próxima figura Clinton a fazer furor na política americana.

Após as reacções de protesto pela forte intervenção de Bill Clinton na campanha da sua mulher, este decidiu passar a ter um papel mais low profile e afastar-se das luzes da ribalta (o que se tem mostrado benéfico para a Hil).

Por outro lado, tem emergido, primeiro timidamente ao lado da mãe e, mais recentemente, de forma mais sustentada e independente, uma "miúda" que todos conhecemos desde o tempo da presidência do pai e cuja adolescência acompanhámos ao vivo e a cores, e que agora já faz discursos de apoio à mãe, participa de forma independente na sua campanha (com agenda própria e tudo!), telefona aos superdelegados a interceder pela Hil...

Estaremos na presença de mais um Clinton na política...?

Superdelegados

E agora parece que todas as atenções estão, cada vez mais, voltadas para essa figura híbrida e praticamente desconhecida chamada superdelegado que, aparentemente, tem o poder de livremente decidir em qual dos 2 candidatos votar (e, por isso, estão a ser "perseguidos" por ambas as camapanhas qual Britney Spears pelos papparazzi - ouvi esta frase esta manhã na CNN e adorei a analogia!).

No entanto, na prática, muitos já vieram desmitificar esse "poder" e afirmar que, independentemente da sua convicção pessoal, vão votar no candidato "escolhido" pelo Estado que representam.

Texas

O Estado do Texas proporcionou o momento da noite.

A CNN não arriscava qualquer previsão. A contagem dos votos processava-se de forma lenta (acabei por me ir deitar umas horas após o fecho das urnas sem que houvesse, sequer, previsão de quem seria o vencedor do lado dos democratas).

Obama começou por ter uma ligeira vantagem, que foi diminuindo à medida que o tempo passava e os resultados oficiais eram conhecidos. Houve uma altura da noite em que a diferença de votos entre os 2 candidatos era de menos de 1000 votos (num universo de cerca de 711.000 votos já contados e registados para cada um deles).

No meio disto tudo, como se as eleições americanas não fossem, já de si, praticamente impossíveis de perceber na sua totalidade, ainda assistimos ontem à realização simultânea, no Texas, de caucus (a decidir 1/3 dos delegados) e primárias (os restantes 2/3)...

Como é que será que isto se processa na prática, perguntam vocês...? Parece que quem vota durante o dia nas primárias pode (se assim o desejar) voltar ao fim do dia e votar também para o caucus (recebe um comprovativo do seu voto, que o habilita a votar no caucus), mas votar só no caucus não é possível. Vá-se lá perceber este sistema...

E, curiosamente, ou talvez não, os resultados de ambos foram diferentes: Obama ganhou o caucus (e mantém-se à frente no número de delegados) e a Hil ganhou as primárias.

O 3º comeback da Mrs. Clinton

O lema de campanha “Yes, we can” passou a “Yes, she can” ontem à noite em Ohio! :-)

"As Ohio goes, so goes the nation!" (parece que nenhum candidato nos últimos largos anos, republicano ou democrata, chegou à presidência sem vencer as primárias de Ohio...). "This nation is coming back, and so is this campaign!", afirmou ontem à noite a Hil no seu discurso de vitória, quando os resultados do Texas ainda não eram conhecidos.

Obama, por sua vez, jogou o trunfo do “orgulho nacional”, em como amava o seu país e as oportunidades que o mesmo lhe proporcionou.

PS – Nunca vi uma nação tão orgulhosa de si própria nem tanta gente “pendente” deste orgulho nacional. Um destes dias, no Larry King Live, perguntou-se ao painel de comentadores quais as qualidades que cada um deles entendia serem essenciais num Presidente americano, e entre as típicas respostas de “bom senso, capacidade de decisão, experiência”, houve um caramelo que disse que ele “apenas” pretendia uma pessoa que realmente amasse o país, o que, no fundo, era o que mais importava. E, realmente, este é um pensamento muito comum por estas bandas.

A nomeação republicana

Sem surpresas (nesta fase da campanha), mas ainda difícil de acreditar se pensarmos nas previsões existentes há uns meses, o senador do Arizona John McCain (autor de 2 das minhas frases preferidas nesta campanha – “Ficaremos no Iraque 100 anos, se necessário for” e “Não tenho grandes conhecimentos de Economia”) atingiu os delegados necessários para a nomeação e, consequentemente, vai ser o candidato republicano às eleições de Novembro.

Para trás fica um Huckabee hulmide e modesto, na hora de despedida como durante os meses que se antecederam, que, no entanto, sempre se recusou a desistir da corrida, apesar da matemática nunca ter funcionado a seu favor e dos seus recursos terem sido sempre ridícula e praticamente inexistentes (no seu discurso de ontem, ele referiu que o seu staff era composto por cerca de 30 pessoas, se não me engano... pior do que isto é difícil de acreditar!).

Antes de abandonar a corrida, Huckabee proporcionou um dos momentos altos da campanha até ao momento, quando foi confrontado, em directo na tv, a semana passada, com a impossibilidade matemática de conseguir atingir os 1.191 delegados necessários para a nomeação republicana - aparentemente, uma surpresa (só) para ele, o que provocou o 1º momento de risota – e, para piorar as coisas, referiu que, ainda que assim fosse, era preciso não esquecer o papel dos super delegados... tendo sido prontamente informado pelo jornalista que estes só existem do lado dos democratas! Um vídeo a procurar no YouTube para os amantes destes assuntos!

A outra polémica da semana foi a controvérsia gerada à volta dos anúncios sobre “o telefone a tocar na Casa Branca às 3h da manhã”: primeiro um anúncio televisivo lançado pela campanha da Hil a reforçar o facto de ela ser a pessoa mais indicada para responder a uma situação de crise, dada a sua experiência comprovada (daí a sua famosa frase de estar pronta para começar “on day 1”) e, por outro lado, uma rápida e excelente resposta da campanha do Obama, que pegou no mesmo anúncio e o modificou a seu favor (com aquele “velho” argumento de ser o único candidato que nunca votou a favor da guerra do Iraque, quando parece que nem senador era nessa altura e, por isso, nem voto tinha na matéria...). Mais 2 vídeos altamente aconselhados! (se calhar eu devia aprender a pôr esse tipo de vídeos no meu blog... sempre era mais fácil...)

terça-feira, 4 de março de 2008

Sports III

E porque só assistir a jogos e nunca "praticar" desporto não podia ser (eternamente), lá aceitei, a medo, um generoso convite para ir esquiar este fds.

Foi a minha 1ª vez, o que implicou dores várias pelo corpo, algumas nódoas negras, mas felizmente nada partido ou fora de sítio. E um cansaço imenso que ainda persiste...

As quedas... foram bastantes, como é apanágio de um 1º dia de ski... ainda para mais tendo, apenas, tido uma horita de aulas logo no início da manhã, a qual acabei por partilhar, pelo menos parcialmente, com outro inexperiente como eu - lá nos fomos os 2 amparando nas quedas e nos medos próprios do 1º dia, enquanto o resto do grupo se divertia noutras pistas mais exigentes.

A experiência foi muito boa, mas encarar aquelas cadeirinhas (que nos levam para o cume da montanha) penduradas por um ferro no meio do nada é que foi um sarilho... Dadas as minhas vertigens, tinha de ir quase sempre de olhos fechados e todo o dia em pânico com a ideia de ficar lá em cima pendurada a balouçar.

Felizmente, a única vez que isso aconteceu connosco lá sentados foi uma breve paragem de pouquíssimos minutos que, no entanto, me pareceram uma eternidade e me deixaram sem pinga de sangue no corpo!

Um dia muito bem passado e mais um monte de roupa (nova e volumosa, para resistir a um dia inteiro a tentar sobreviver na neve) a encher o (pequeno) armário lá de casa!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Sports II

Ontem fui ver mais um jogo de hóquei no gelo - faltam 17 jogos para o final da época e os Blackhawks ocupam a 24ª posição num campeonanto com 30 equipas, algumas delas canadianas (nem de propósito, a equipa rival ontem era de Vancouver).

Os jogos de hóquei são interessantes a vários níveis, mas nada bate os momentos de pancadaria entre os jogadores, que ontem foram inúmeros e deixaram, inclusive, manchas de sangue espalhadas pelo ringue...

E as pessoas aplaudem e incentivam, como se toda a emoção do jogo estivesse naqueles breves momentos selváticos, onde os jogadores descarregam a sua fúria da forma mais animalesca possível (e, realmente, são os "momentos kodak" dos jogos).

E, pior do que isso, os árbitros, nalguns casos, ficam igualmente a ver, à espera que os jogadores se cansem e parem de esmurrar a cara um do outro (o que, num dos casos, demorou vários minutos) e só então o jogo recomeça, com as devidas penalizações de cada lado (i.e., os jogadores são expulsos do jogo durante os minutos estabelecidos pelos árbitro).

Alguém me explica estas regras???

Sports I

Um dos assuntos favoritos dos americanos é o desporto, nas suas variadas vertentes e modalidades - nisso não se pode dizer que haja muita diferença face aos europeus, ainda que as modalidades preferidas não sejam exactamente as mesmas.

Eu tenho tentado acompanhar "a onda", pelo menos no que toca a assistir a jogos, entre basket, hóquei no gelo, futebol americano e algum (pouco) "futebol à boa moda europeia" (aquilo a que os americanos - e não mais do que meia dúzia de outros países - chamam soccer), ainda que o campeonato de rugby me tenha passado completamente ao lado, apesar da excitação que o mesmo provocou entre a minha equipa (ou não estivéssemos a falar de ingleses / gauleses / neo-zelandeses), mas a ver se na próxima época apanho o ritmo...

O fds passado fui convocada para ir para um Irish Pub ao pé da minha casa - com o sugestivo nome Fadó - para assistir à final da Carling Cup, no mítico estádio de Wembley, entre o Chelsea e os "Spurs" Tottenham, já que um dos nossos amigos (inglês, por sinal) é fanático pelos Spurs.

Nada contra ver um jogo de "verdadeiro" futebol, ainda para mais do (exigente e sempre interessante) campeonato inglês, mas com o fuso horário os jogos acontecem a umas horas muito impróprias para consumo americano!

Este, por exemplo, começava às 9h da manhã de domingo... Escusado será dizer que cheguei ao tal bar a meio da 2ª parte, e fui a única pessoa contente pelo facto do jogo ter ido a prolongamento e eu ainda poder usufruir um pouco mais da sua emoção (e do meu brunch de domingo, tipicamente anglófono).