terça-feira, 16 de junho de 2009

General Motors

A GM iniciou o processo de falência no início deste mês, após sucessivas tentativas falhadas de viabilização económica.

Recorde-se que a GM é o maior fabricante de carros dos States e comercializa inúmeras marcas de automóveis - principalmente aquelas que são "típicas" da América do Norte - desde a Buick à Cadillac, dos Hummers aos Chevrolet, da Pontiac à Saturn, passando pelos GMC e os SAAB (claro que tive de gogglar tudo isto, que eu de carros - confessamente -não percebo patavina).

O processo de falência que agora se iniciou (o famoso "Chapter 11") visa a reestruturação da GM (e não a sua extinção), em moldes economicamente viáveis e competitivos.

É certo que isto vai implicar que milhares de postos de trabalho sejam extintos, quer na própria GM quer nas inúmeras empresas que fabricam peças e componentes em exclusividade (ou quase) para os carros GM - um duro golpe (mais um!) para a (cada vez mais) débil economia do Estado de Michigan e, principalmente, para a região de Detroit.

Vai, ainda, implicar que a produção futura de carros, no âmbito da nova estrutura, passe a ter em conta preocupações ecológicas (pela primeira vez na história da GM, parece-me), um dos requisitos expressamente impostos pela governação Obama (que, convenhamos, deriva naturalmente do próprio mundo em que vivemos hoje em dia).

Mas a GM vai continuar a existir - talvez não como a conhecemos nas últimas décadas, mas a verdade é que a situação actual já era insustentável e a empresa precisava de se modernizar, por forma a voltar a ser competitiva.

A fim de preparar toda esta mudança, a GM lançou de imediato campanhas de marketing na tv - não para vender a frota que terá em stock, mas para começar a preparar os americanos para o "chapter 1" da empresa (um claro trocadilho com o "chapter 11"), a sua oportunidade de começar de novo, a "nova empresa" que se avizinha.

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