sexta-feira, 25 de junho de 2010

O tempo tem estado esquisito nos últimos dias.

Ou melhor, o Verão chegou cedo, abruptamente, e ainda não tive tempo de me habituar aos dias de calor intenso, abafado, húmido (não o tipo de humidade de inverno a que estamos habituados em Portugal) e fins de tarde / noites de trovoada (nunca percebi muito bem por que razão Chicago tem um clima tão tropical no Verão, mas talvez seja algum "efeito" do lago).

Seja como for, a semana passada tivémos um mini tornado em Chicago. Toda a gente avisou os amigos, familiares e conhecidos do mau tempo que se avizinhava, pelo que ninguém deve ter sido apanhado de surpresa. Ainda assim, foi uma horita (talvez menos) de ventos fortíssimos, chuva intensa, trovoada medonha. Diz que até vidros de prédios voaram.

Pois bem, esta semana sucederam-se novamente as tempestades e trovoadas de fim de dia (que é quando os níveis de calor e de humidade finalmente baixam para valores razoáveis, e é novamente possível respirar ar puro). Num dos dias, a tempestade foi tão forte que o alarme do meu escritório começou a tocar e mandaram toda a gente afastar-se das janelas (nota de redacção: todos os ângulos do prédio têm janelas de alto e baixo) e abrigarem-se no interior do prédio até que o perigo passasse (escusado será dizer que também não dava para abandonar o edifício, já que os elevadores foram paralisados e nós trabalhamos no 24º andar).

As condições metereológicas melhoraram rapidamente, e uns 10 minutos mais tarde já nos tinha sido dado o ok para regressarmos aos nossos postos de trabalho (ainda assim, a tempestade lá fora metia respeito, pelo que poucas pessoas se atreveram a aproveitar a deixa para sair do escritório).

Alguns minutos mais tarde, uma rajadas mais fortes de vento accionaram novamente o alarme do escritório - lá nos deslocámos todos, uma vez mais, para a cozinha (que fica bem no meio do prédio). Também nesta ocasião, felizmente, o perigo acabou por ser efémero e uns minutos mais tarde regressámos às nossas secretárias (e eu decidi, entretanto, ir para casa, aproveitando uma brecha no tempo).

A meia-hora que se seguiu ao fim da tempestade parecia saída de um filme de ficção científica, cheio de efeitos especiais - a cidade foi envolvida por uma luz dourada, de alto a baixo, como se um sol (dourado, mas não amarelo) brilhasse intensamente. Aliás, o reflexo da luz nos prédios era quase intenso demais para se olhar. A cidade inteira parecia ter sido pintada de dourado, como se fossem novamente 3 horas da tarde em vez de serem 7h da noite. E o fenómeno foi tão estranho, que parece que até um jornal italiano publicou fotos desse fim de tarde dourado. E esta, hein?

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