São Paulo tem muitas coisas boas, mas as suas ruas são uma autêntica selva!
Comecemos pelos peões (pedestres, na terminologia brasileira)...
Entre prédios e carros, os peões sentem-se perdidos, ameaçados, sempre em alerta máximo.
As passadeiras de peões existem, mas não são respeitadas - os condutores não páram nas passadeiras e, se necessário for, ainda aceleram para nem dar tempo para o peão se atrever a avançar.
Escusado será dizer que, depois de 3 anos a viver numa cidade muito civilizada, em que o peão tem sempre prioridade, a falta de civismo dos condutores brasileiros para com os "pedestres" não cessa de me chocar (que coisa de 5º mundo!). E como nem sempre me lembro que eles não páram, às vezes lá tenho que correr para salvar a vida...
Mas andar em 4 rodas também não é muito melhor... Entre autocarros que tiram constantemente partido da sua dimensão para se imporem quando e como querem (atirando-se, literalmente, para cima das outras faixas de rodagem, sem respeitar ninguém), até aos carros que decidem manter-se na faixa de rodagem da esquerda até 5 segundos antes de quererem sair à direita, vale tudo para sobreviver nas ruas de São Paulo.
Para além da falta de civismo rodoviário, ainda temos a acrescentar as questões de segurança, especialmente à noite - por exemplo, os paulistanos raramente páram à noite nos semáforos, com medo da violência urbana tão característica do Brasil. E o mesmo acontece no Rio de Janeiro, etc.
Em suma, ainda bem que em São Paulo tenho tido o enorme privilégio de ser conduzida para todo o lado (ainda para mais, por condutores paulistanos muito experientes), e não tive que alugar carro e desenvencilhar-me nesta selva (se bem que tenho de confessar que a experiência rodoviária de LA, dentro deste género, deu-me alguma estaleca extra).
PS - E já para não falar do trânsito caótico na cidade que, a juntar às enormes distâncias entre bairros, faz com que facilmente se percam cerca de 2h para ir de um bairro ao outro...
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2 comentários:
Ai, como te entendo! Mas é caso para dizer: "bem-vinda à América Latina!". Até Medellín, super civilizado, tem esse problema. Aqui no Panamá já vi pessoas a benzerem-se antes de atravessar a rua. Juro.
Deve ser mesmo coisa típica da região, pelo que vejo!
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