quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Thanksgiving

Uma vez mais, é Thanksgiving, altura de dar graças entre amigos e família.

Por isso, não estranhem a ausência. Vou estar ocupada a comer perú e a fazer compras.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

BUS - Parte II

(cont.)

Mas a minha favorita é quando se quer sair em determinada paragem e há apenas um botão “Stop” em todo o autocarro (convenientemente colocado ao lado da porta traseira) - não sei bem quem terá sido a brilhante mente que inventou este conceito de "botão singular"!

Ora, quem está no resto do autocarro, sem acesso a esse botãozinho, tem de puxar uns cordões colocados por baixo das janelas para iluminar o sinal Stop:

(i) o que faz todo o sentido para quem está sentado ao lado das janelas...;
(ii) faz menos sentido para quem está sentado ao lado do passageiro da janela (e tem de puxar o fio por cima da cabeça da pessoa sentada ao lado)...;
(iii) e não faz absolutamente sentido nenhum para quem está de pé, no corredor, e (quase) não chega ao fio (pelo menos, sem atropelar quem está sentado) e que acaba por ter de incomodar os outros e pedir encarecidamente que puxem o fio para poder sair!

Por último... os condutores dos autocarros (por norma, bem obesos) nunca lidam com a compra dos bilhetes propriamente dita e não têm acesso a dinheiro (imagino que seja para prevenir os assaltos). Por isso, quem não tem bilhete introduz 2 dólares numa máquina à entrada do autocarro e “compra” o seu bilhete – sendo que, por um lado, a máquina nunca dá troco (independentemente do dinheiro introduzido) e, por outro, também não imprime nenhum bilhete propriamente dito (primeiro que eu me habituasse a esta ideia...!).

PS - A coisa boa é que, por cá, os passes não precisam de ser carregados – são de carregamento automático por transferência bancária, sempre que se atinge um determinado mínimo no cartão.

BUS - Parte I

Um ano depois e continuo ainda sem perceber bem os autocarros nos States... Algumas curiosidades:

- Primeiro que tudo, os americanos não fazem sinal aos autocarros para estes pararem, facto a que eu ainda não me consegui habituar - e, por isso, o meu indicador estica-se automaticamente quando vejo um autocarro;

- Por outro lado, os autocarros americanos nunca páram em frente à paragem mas um bocado depois – talvez tenha a ver com o facto de o sinal dos autocarros (aquela tabuletazita com o número dos autocarros que páram em cada paragem) nunca estar em cima da própria paragem (como eu estava habituada) mas num poste meio metro à frente;

- Mas também podem parar antes da própria paragem, sem motivo aparente... é sempre uma aventura!

- Ninguém faz fila indiana e organizada à espera dos autocarros... As pessoas “amontoam-se” na zona da paragem (bem, desde que o frio começou a apertar, já é mais frequente estarem todos mais concentrados dentro da própria paragem), sem ordem definida, por vezes mais à frente quem chega depois e mais atrás quem já lá estava, e quando chega o autocarro e abre as portas, é um vale-tudo para entrar... (os homens, por norma, dão passagem às senhoras, mesmo que estas tenham chegado depois deles);

- É costume agradecer-se ao condutor do autocarro quando se usa a porta da frente para sair do autocarro, em vez da porta traseira (esta acho piada!).

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Smashing Pumpkins

A semana passada, os Smashing Pumpkins apresentaram-se ao vivo em Chicago, de onde são originários, numa série de concertos em 2 ou 3 locais míticos da cidade.

Ainda cheios de energia, cerca de 20 anos depois de terem dado início ao seu percurso musical, Billy Corgan e os seus companheiros mostraram que ainda são criativos, inovadores, reaccionários. E gostei mais deste concerto do que do que vi no Oeiras Alive, em 2007; mas imagino que o facto de ter sido num auditório de dimensões relativamente pequenas tenha ajudado a essa percepção.

Pena foi a qualidade do som do concerto que fui ver – estava (talvez) alto demais e claramente bastante distorcido (para compensar o facto do Billy estar bastante adoentado e quase sem voz). Mas acabámos por ter sorte – o concerto da noite seguinte já teve de ser adiado...

TWILIGHT

Anda meio mundo (americano, pelo menos) louco com a estreia do filme “Twilight”, o primeiro da série de livros que tem dado volta à cabeça das teenagers.

Também eu fui ver o filme este fds, completamente por acaso e sem estar minimamente a par do fenómeno e, tal como as restantes, não resisti ao encanto da história de amor entre o vampiro e a (mortal) colegial.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

E falta 1 mês...

Para as férias de Natal e o merecido regresso a casa... :-)

PS - Pelo meio ainda há o Thanksgiving, pois claro!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Magusto

A comunidade estudantil portuguesa da Universidade de Chicago (e mais uns quantos ilustres convidados, como eu) juntou-se este sábado à volta de um pequeno magusto para celebrar o Verão de S. Martinho (aqui, nada de Verão...).

Tivémos caldo verde (que consolada fiquei!), castanhas, figos e nozes, mousse de chocolate, vinho do Porto, chouriços e mais umas quantas coisas menos tugas (tipo o vinho e as tortilhas). Foi um manjar digno de qualquer emigra!

Trabalho

Em época de crise, é o excesso de trabalho que me tem mantido afastada das lides bloguistas.

Meia dúzia de notas soltas:

- Este domingo tivémos o primeiro nevão(zinho) mas ainda não foi desta que o "branco pegou" - mas o frio instalou-se de vez;

- Sarah Palin é mais noticiada agora do que durante a campanha - não há dia em que não apareça em (mais uma) entrevista e ontem ouvi falar de um negócio milionário que envolve os direitos de um livro (era só o que faltava, realmente!);

- Logo a seguir à Palin, as "figuras" mais badaladas nos últimos tempos são os cães, em geral - desde que o Obama anunciou que as filhas iam ter um novo cão quando se mudassem para a Casa Branca, não há quem não dê palpites sobre a raça, o tamanho do pêlo e coisas que tais (e em pleno tempo de antena!);

- Na próxima semana vai estar meio mundo (americano) de férias - é o famoso Thanksgiving que se aproxima! Mega saldos! Perú ao jantar! Família e amigos!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Paris Hilton... e Portugal?

Uma noite de inverno passada em casa, sentada no sofá, a gozar o sossego merecido do fim de um dia de trabalho, a fazer zapping entre os canais de tv...

E quando dou por mim, estou a ver o início de mais um episódio (o meu primeiro, diga-se de passagem!) dessa enriquecedora série televisiva de seu nome Paris Hilton's My New BFF, em que a nossa querida Paris tenta, através de um reality show de qualidade abaixo de duvidosa, encontrar aquela que será a sua melhor-amiga-para-a-vida...

Ali há de tudo... a virgem santinha que vai à missa 3 vezes por semana e que fala com uma voz meiga e submissa (e que não sei como se meteu nisto...), a cabra que dorme com os namorados e maridos e exs de toda a gente, a neta do Clark Gable (se o teu avô te visse...) que passa a vida a mencionar o nome do avô, a artista do grupo que gosta de homens de cabelo comprido e ar criativo e não podia ser menos fashion e mais grunge na maneira de vestir e de ser... enfim...

Pois bem, o episódio de ontem resumia-se a uma corrida aos homens, em que cada concorrente tinha de ir a uns bares em 2 noites (1º em Las Vegas e depois em Los Angeles) e convencer o máximo número de homens charmosos a, dali a uns dias, aparecer na mansão da Paris em LA para uma festa privada (despesas por conta da família Hilton, naturalmente) - sendo que a avaliação do desempenho de cada concorrente nesta prova iria depender do número de homens que conseguissem atrair + a classificação da beleza destes numa escala até 10... Como podem imaginar, a tarefa deu pano para mangas!

Mas o mais inesperado foi quando uma das concorrentes, já na parte final do concurso (em que cada uma é avaliada individualmente para determinar quem vai ser corrida nessa semana), aparece vestida com uma t-shirt... (preparem-se para a surpresa!) que tinha uma figura gigante do GALO DE BARCELOS (essa figura simbólica...) e dizia simplesmente PORTUGAL por baixo... eu nem estava a acreditar!

Entretanto o programa acabou e regressei ao meu livro, um policial ambientado em Chicago e, apropriadamente, chamado Windy City, e a uma certa altura a personagem principal está a passear na rua e ouve uma língua estranha e pensa logo que deve ser português (sim, já me habituei à ideia de que o português vem sempre referido como uma língua exótica, imagino que mais por "culpa" do Brazil do que por intervenção directa nossa). Foi uma noite inesperadamente portuguesa deste lado do Atlântico...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sobrevivência...

À conta de mantas, cobertores, aquecedores, sacos-cama...

E 2 casacões e 3 camisolas, 1 chapéu e luvas... :-)

"THA" BEARS


Notas soltas:

- Os Chicago Bears são a única equipa de futebol americano profissional da cidade de Chicago e o orgulho de qualquer chicaguense que se preze;

- Durante o Inverno, basta caminhar na rua durante 10 minutos, a qualquer hora do dia, para se verem casacos, cachecóis, gorros, luvas e afins dos Bears... toda a gente tem qualquer acessório que usa no seu dia-a-dia;

- A época de futebol americano tem apenas 16 jogos no total (para cada equipa, e sem contar com playoffs) e apenas 8 jogados em casa - arranjar bilhetes para os jogos é tarefa dispendiosa e, acima de tudo, quase impossível, já que grande parte dos bilhetes são vendidos logo para toda a época e ninguém quer abdicar do seu lugar;

- O estádio é descoberto (como podem ver nas fotos) e a época decorre durante o Inverno (e nem assim há bilhetes disponíveis...);

- Este domingo tive a oportunidade única de ir assistir a um jogo e decidi logo aceitar, MAS: estavam zero graus, neviscou metade do tempo, o vento fez-se sentir como de costume (ou não fosse Chicago a windy city), e nós ficámos sentados durante 3h a ver os Bears perder... e a congelar!

CHICAGO BEARS

E FINALMENTE... Lá consegui ir ver um jogo de futebol americano e, por cima, com bilhete oferecido e tudo!


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Parte II (cont.)

Na rua, vendiam-se t-shirts, pins, bonés, bandeiras... tudo o que possam imaginar, literalmente, a cada 2 passos, e não havia quase ninguém que não tivesse cedido à “Obama-mania” e não estivesse, de forma orgulhosa e visível, a exteriorizar o seu apoio ao Barack.

As pessoas cantavam, dançavam, tocavam pequenos tambores, abraçavam-se sem se conhecerem, faziam amizades espontâneas, discursavam para todos e para ninguém em especial, davam largas à sua alegria, num ambiente descontraído, feliz, de comunhão, de festa.

E toda a gente a comentar o quão histórico era o momento, a tirar fotos a torto e a direito, a querer absorver toda aquela emoção, toda aquela energia, a querer viver intensamente o presente, como se não houvesse futuro.

Quando Barack Obama subiu ao palco para discursar, o delírio foi completo. No sítio onde eu estava, acompanhei o discurso por um dos ecrãs gigantes do palco, mas também conseguia ouvir o eco da (verdadeira) voz dele, propagado pelo vento que vinha do outro lado do parque.

O regresso a casa foi uma aventura – o trânsito estava literalmente cortado numa extensão grande da Michigan Avenue (a principal avenida da cidade), por isso as ruas foram invadidas por milhares de pessoas que, lentamente, começaram a caminhar na direcção das suas casas (ontem fiquei ainda mais contente com a minha opção de estar a viver no centro da cidade!), ocupando todo o espaço livre da (já de si bem larga) avenida. Um banho de gente como eu nunca visto antes!

No dia seguinte, às 9h da manhã, já todos os jornais estavam esgotados em todo o lado, pelo que bem corri tudo à procura de um Chicago Tribune ou de um Suntimes, mas acabei por ter me de contentar com um Financial Times. E foi engraçado ver como os jornais chicaguenses, orgulhosos do facto de Obama ser da cidade, dedicaram as suas primeiras páginas a fotos dele, enquanto que os restantes jornais limitaram o fenómeno a meia página.

Enfim, um pedaço de história vivido "in loco"! :-)

Parte I

BARACK OBAMA...

Na 3f, revolucionou a nossa percepção dos americanos e transformou a cidade de Chicago numa festa imensa.

O Grant Park “vestiu-se” a preceito para receber as mais de 200 mil pessoas que decidiram aparecer para, in loco, festejarem o momento histórico da eleição de Obama.

O parque estava dividido em 2 partes – a zona vedada, acessível apenas a convidados, onde foi colocado o palco de onde Obama discursou (diz que protegido por um vidro à prova de bala), e uma zona acessível a todos, onde foram colocados ecrãs de televisão gigantes, sintonizados na CNN.

Ao longo do dia, os chicaguenses foram saindo mais cedo dos seus empregos e, depois de terem ido votar, foram-se juntando em grupos, aqui e ali, em frente à televisão. A cidade foi ficando gradualmente deserta na maior parte das zonas a partir das 6 da tarde, mas a zona do Grant Park fervilhava de gente, movimento, emoção, energia, história...

Surpreendemente, a vitória começou a desenhar-se cedo e, contrariamente ao que tem acontecido nas últimas eleições, os analistas políticos estavam apenas à espera que as urnas fechassem na costa oeste (10h da noite em Chicago) para poderem anunciar a sua projecção de que Obama iria ser eleito.

Milhares e milhares de pessoas, num fluxo contínuo, começaram gradualmente a movimentar-se para aquele que seria o clímax da noite. Também eu me desloquei, por volta das 9h30 da noite, para o Grant Park, para não perder pitada do ambiente histórico que se vivia. Cheguei, aliás, lá uns instantes antes da CNN projectar que Obama seria o vencedor da noite – e foi o delírio total entre as milhares de pessoas presentes, um barulho ensurdecedor, um “tremor” interno de emoção!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

No dia em que o Mundo ganhou um novo líder...


E se fez história...

EU ESTAVA LÁ!!!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

E é hoje...

... o dia histórico! O dia que o Mundo inteiro (ou quase) espera desde que esta campanha interminável começou, sabe-se lá exactamente quando (mas há mais de 2 anos)!

Esta manhã o átrio do meu prédio estava transformado em secção de voto e, por isso, estava uma pequena fila de gente à espera da sua vez de votar (que, no entanto, enchia todo o espaço livre da entrada do prédio e saía pela porta da rua). Mas os locais onde as votações antecipadas têm ocorrido, nas últimas semanas, têm tido horas e horas de espera!

A cidade também está um rebuliço - há já uns dias que está a ser preparada uma mega-festa de comemoração da campanha do Obama num dos parques centrais da cidade (infelizmente, a maior parte do espaço vai estar vedado para "convidados", i.e., quem contribuiu para a campanha), onde se espera que ele discurse a partir de uma certa hora, e várias ruas estão condicionadas ou mesmo cortadas ao trânsito na zona.

Interessante foi ver que, mesma esta manhã, no próprio dia das eleições, os canais de televisão estão cheios de anúncios das várias campanhas - já percebi que os americanos não acreditam em "tempo de reflexão" antes das eleições!

Já agora, a título de curiosidade... neste dia está em causa muito mais do que a eleição de um Presidente - os americanos vão eleger (alguns) senadores, representantes a vários níveis, juízes... um sem número de gente que totaliza (pasmem-se!) 15 páginas de decisões!

E que ganhe o melhor!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Halloween - Parte II

Nas vésperas de Barack Obama fazer história (ou não...), os americanos viveram os seus dias de "Carnaval" (até o tempo ajudou na 6f à noite!).

Aqui vão os meus disfarces da festa de 6f à noite...

E de sábado (o tema da festa eram os Estados Americanos...)