terça-feira, 27 de abril de 2010

Amigos do alheio

Estava eu posta em sossego a almoçar, na passada 6f, num restaurante ao pé do meu escritório, com pessoal do meu departamento, quando um amigo do alheio decidiu, muito discretamente (tanto, que ninguém deu por nada!), abrir a mala que eu tinha pendurada nas costas da cadeira e levar a minha carteira (com algum dinheiro e documentos).

Assim que a refeição acabou, e peguei na mala para me ir embora, dei logo pela falta da carteira - a mala estava aberta e estranhamente leve, por isso não foi difícil perceber imediatamente o que se tinha passado.

Confesso que tal situação nunca me tinha acontecido (nem aqui, nem em Portugal), e a sensação não é nada agradável.

Mas entre as maravilhas da internet e o velhinho telefone, tratei de tudo numa horita ou 2, apesar da situação exigir contactos também com instituições portuguesas: fazer queixa na polícia (pelo telefone, eles mandam o relatório para minha casa por correio), cancelar todos os cartões bancários (portugueses e americanos) e pedir novos cartões, pedir 2ªs vias do cartão de saúde e do passe (americanos) e da carta de condução (portuguesa) - fiquei maravilhada com o portal do cidadão! viva o simplex!, ir ao banco levantar dinheiro para o fim-de-semana e informar-me na internet sobre o que devo fazer no caso de alguém usar a minha identidade para fins fraudulentos (os americanos morrem de medo disto, por isso achei por bem tentar perceber o que podia acontecer).

O meu banco, entretanto, deve achar que eu sou uma irresponsável: ainda há 2 semanas tinha recebido um cartão novo (depois de ter perdido o anterior no Havai), e já o ano passado tive que pedir um cartão substituto depois de me ter esquecido do meu numa discoteca em Las Vegas... Hoje recebi o 4º, portanto... já se fazem apostas para ver quanto tempo dura nas minhas mãos! (Curiosamente, em Lisboa nunca tive estes problemas.)

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