sexta-feira, 30 de abril de 2010

1ª Classe

Quem viaja com frequência de avião nos dias que correm sabe bem o martírio em que isso se transformou:

- Horas intermináveis de espera nos aeroportos (onde tudo é caríssimo);
- Regras de segurança que ninguém percebe bem para que servem (o aeroporto de Chicago foi dos primeiros a adoptar os full body scanners, apesar de eu ainda não os ter visto);
- Atrasos frequentes dos aviões (ou mesmo cancelamentos);
- Cadeiras que não permitem esticar ou mesmo cruzar as pernas (é nestas alturas que dou graças por ser tão pequenita, mas confesso que ainda assim, às vezes, é uma luta, dependendo de quem está sentado no banco do lado);
- Pagar para ter direito a fazer o check-in das malas (e agora até malas de mão!);
- Ausência de refeições a bordo - com excepção da Continental, acho que já nenhuma das grandes companhias aéreas americanas serve refeições em viagens internas (e claro que a expressão "viagem interna" não significa necessariamente pouco tempo - uma viagem de costa a costa, por exemplo, demora umas 5h ou 6h, e se for para o Havai ou o Alaska pode ultrapassar os 2 dígitos).

A lista de queixumes não fica por aqui, naturalmente, mas vem isto a propósito das minhas recentes viagens... em primeira classe.

De facto, a grande vantagem de se ser passageiro frequente (e, naturalmente, acumular muitas milhas) é o estatuto que se adquire junto de determinada companhia aérea - e uma vez atingido esse patamar, passamos a ser tratados que nem realeza!

Confesso que, dentro da "realeza", ainda sou muito "pé de chinelo", mas já usufruo de algumas regalias, e uma delas foi o upgrade (gratuito) para 1ª classe nas últimas viagens que fiz.

Quando regressei de Las Vegas, por exemplo, tive direito a tratamento (realmente) VIP: ser das primeiras a entrar e a sair do avião, cadeira confortável e espaço abundante, bebidas várias à disposição, direito de escolher o prato (coisa nunca vista por estes lados, excepto em viagens transatlânticas), talheres de metal e copos de vidro (que saudades!), simpatia inexcedível das hospedeiras - eram 2 a servir em exclusivo a 1ª classe (ou seja, uns 20 "gatos pingados" como eu) e outras 2 a servir os restantes 200 passageiros em económica...!

Assim até volta a dar gosto viajar! eheheh

1 comentário:

João Cristiano R. Cunha disse...

Para quem pode...
Continuo a fazer parte dos "outros 200"...
Beijinho