Quando eu era pequena, delirava quando a minha mãe me levava para o emprego com ela (o que acontecia apenas nos dias em que a minha escola estava fechada, naturalmente). Ela trabalhava num palacete lindíssimo no centro da cidade e, para mim, era motivo de festa poder subir e descer aquela escadaria interna, espreitar o sótão, entrar nas várias salas.
Confesso que a minha mãe nunca me pôs a fazer o trabalho dela - o meu tempo livre era passado a brincar, a desenhar, a ler, sem incomodar muito o resto das pessoas, claro. E já era o máximo!
Mas, pelos vistos, outros pais acharam por bem deixar os filhos ir mais além...
Não que isso seja necessariamente mau... consigo pensar em muitas profissões em que, por brincadeira, os filhos poderiam fingir por um dia que tinham de "fazer as vezes" dos pais no emprego.
Claro que quando estamos a falar de um controlador aéreo a coisa muda de figura... E se ele estiver a trabalhar num dos aeroportos mais movimentados do mundo, então ainda pior!
Agora imaginem a cena... esta semana, num dos aeroportos de NY, um dos controladores aéreos decidiu deixar que duas crianças dessem instrucções pelo rádio a aviões que se preparavam para levantar vôo ou aterrar.
Confesso que a ideia de poder levar os filhos para uma torre de controlo aéreo já me arrepia um pouco. Estamos a falar de um dos empregos com mais responsabilidade, que exige tamanha concentração e dedicação que o número de dias de trabalho por semana (e de horas por dia) é excepcionalmente reduzido.
E chegar ao ponto de pôr as crianças a dar intrucções pelo rádio a aviões... medo!!!
Escusado será dizer que esta alma caridosa que vai ganhar o prémio de pai do ano foi imediatamente suspenso das suas funções... ufa!
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