Esta semana cumpri mais um dos rituais-tipicamente-americanos... assisti (finalmente!) a um episódio do famoso American Idol! O American Idol é, provavelmente, o programa mais visto de sempre (e estamos a falar de um país com muita cultura televisiva, particularmente a nível de reality shows), que arrasta multidões como nenhum outro, que consagra heróis, que serve continuamente de rampa de lançamento a vários aspirantes a artista.
A informação disponível sobre o programa é tanta e tão constantemente actualizada e divulgada que eu, mesmo não querendo, todos os dias sou inundada de notícias sobre quem foi recentemente expulso, quem são os favoritos, quem está à frente nos downloads na net, quem foi mais visto no youtube nessa semana... e acreditem, isto não me interessa mesmo nada!
Esta semana, completamente por acaso, calhou estar em frente à tv (e no canal certo) quando a semi-final do American Idol começou - foi quando pensei que era desta!
O programa foi praticamente todo dedicado às reportagens feitas quando os 3 candidatos (entretanto reduzidos a 2 no final desse episódio) foram passar um fim-de-semana à terra natal, após todas estas semanas de concurso. Até aqui tudo bem, pensei eu - vamos ver a reunião dos filhos com os pais e os irmãos, os amigos do liceu e os colegas de faculdade, num ambiente familiar, pacato e caseiro, para recarregar baterias a tempo da final.
Nada mais longe da verdade... voaram em jets particulares, foram conduzidos em limousines para todo o lado, com direito a escolta policial e tudo, tinham eventos agendados em lugares estratégicos de cada cidade - o estádio de futebol, o pavilhão do liceu.
E, claro, multidões de milhões e milhões à beira da estrada, a pedir autógrafos, a exigir fotos com o ídolo, a arrancar cabelos e gritar de emoção... jovens e crianças em estado de total desespero emocional, meio em choro meio em histeria, com declarações de amor escritas em cartazes. Como se se tratasse do Brad Pitt ou da Angelina Jolie (continua a ser o casal que mais vende revistas).
Um dos candidatos, aliás, dizia que tinha ficado particularmente impressionado - a sua cidade não tem mais do que 40 ou 50 mil habitantes e a multidão que o esperava no estádio local ultrapassava os 20 mil...
E tudo isto por causa de uns tipos que até têm jeito para cantar, verdade seja dita, mas que eram ilustres desconhecidos até há bem pouco tempo... e, de repente, passaram a ídolos de milhões. Ah, e canções propriamente ditas dos candidatos durante aquela hora de programa... houve uma! tudo o resto foi... espectáculo, gerir o tempo, alimentar a fama!
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