A senhora Clinton está , por estes dias, no México, numa visita oficial que pretende reforçar o papel dos States no combate à droga entre os 2 países.
O timing não poderia ser mais apropriado... a fronteira com o México é uma bolha prestes a rebentar e os Estados Unidos até andam a ponderar reforçar a patrulha das fronteiras com a ajuda do exército.
De facto, a violência dos gangs mexicanos ligados ao tráfico de droga tem vindo a ameaçar espalhar-se de forma assustadora pelo Texas e outros Estados fronteiriços. Neste momento, até jovens americanos (às vezes com apenas 13 ou 14 anos) têm vindo a ser recrutados pelos gangs mexicanos para perseguir e matar do lado americano da fronteira.
Obama e Clinton assumiram as culpas do lado americano e prometeram partilhar responsabilidades - afinal, não só os grandes consumidores estão situados nos States (e o dinheiro é o motor deste negócios), como 95% das armas usadas pelos gangs são fornecidas pelo mercado americano (naturalmente, é muito mais complicado obter armas no México).
Do lado mexicano, também têm sido tomadas medidas repressivas - perante a incapacidade da polícia local em lidar com o tráfico de droga (quer pelo poderio dos gangs, quer pela corrupção do poder local), o Presidente mexicano deslocou milhares de militares para as zonas fronteiriças mais problemáticas.
E eles bem precisam... milhares de pessoas são todos os anos assassinadas no México pelos gangs da droga - decapitadas, condenadas e massacradas em praça pública, desaparecidas sem deixar rasto. E cada vez mais as cidades fronteiriças (e até fora desse perímetro) são totalmente controladas pelos vários gangs.
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