Enquanto Portugal dorme, preparo a mala para ir festejar o 4 de Julho a Washington e observo lá fora o movimento rápido das nuvens a prepararem mais uma daquelas tempestades tropicais tão típicas de Chicago (quem diria!). Ah, e maravilho-me com a reportagem da CNN, all night long, sobre o resgate colombiano.
Maravilho-me com o facto de conseguirem passar horas e horas a falar de um país que não é o deles (de vez em quando fala-se do Iraque, uma vez por outra do resto do Médio Oriente, o Reino Unido vem, por vezes, à baila);
Maravilho-me com o facto de, de um momento para o outro, conseguirem montar toda a história do resgate, entrevistar as famílias dos ex-reféns, falar com vários ex-reféns de outros cenários para transmitir informações (mais) precisas sobre a situação, chegar à fala com o ministro colombiano, o embaixador americano na Colômbia e meio FBI em tão pouco tempo;
Mas, principalmente... maravilho-me com o facto de, ainda assim, conseguirem transmitir a ideia de que o papel principal é deles – foram eles que forneceram informações preciosas ao governo colombiano sobre o local dos reféns, foi o equipamento deles que fez a diferença, foram eles que supervisionaram a operação e que, no fundo, permitiram que a libertação ocorresse.
E claro que o facto dos 2 principais entrevistados (e directamente envolvidos na operação) - o ministro colombiano e o embaixador americano na Colômbia – terem expressamente referido, mais do que uma vez, que a operação foi arquitectada, treinada, montada e executada exclusivamente pelos colombianos (e que os States foram apenas envolvidos nas últimas 2 semanas por motivos de coordenação) não foi motivo suficente para mudar o discurso de agentes do FBI entrevistados e jornalistas / comentadores, que sempre que podiam lá referiam o papel fundamental dos EUA nisto tudo...
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