quinta-feira, 31 de julho de 2008

Tic-tac

Em absoluto countdown para as férias (e o merecido regresso à pátria), já nem consigo pensar em trabalho... :-)

Avizinha-se uma noite bem comprida a tentar encaixar tudo o que pretendo levar de férias numa (não muito grande) mala de viagem... o mais provável é que lá tenham de ser 2...

BOAS FÉRIAS, PESSOAL!

(e até ao meu regresso, daqui a 2 semanitas)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Venetian Night

Uma vez por ano, o lago Michigan (que banha Chicago) enche-se de cor e música para a Venetian Night, que este ano se realizou no sábado passado.

A Venetian night é, no fundo, um evento composto por 2 partes:
- Um desfile de barcos que se "mascaram" a preceito sob um (qualquer, acho eu) tema, cheios de luzes de várias cores e música e pessoas a dançarem (alguns barcos estavam muito bem conseguidos, outros eram apenas luzes e pessoas a exibirem-se) - pena que o desfile em si tenha sido relativamente pequeno;

- Um espectáculo (musical) de fogo-de-artifício a fechar a noite, que foi francamente melhor do que o que vi em Washington durante os festejos oficiais do 4 de Julho.

(alinhamento das pessoas ao longo do lago à espera do início do desfile)

O espectáculo em si não demora assim tanto, mas para se ter um bom lugar, é preciso "abancar" ao longo do lago algum tempo antes, pelo que lá usei novamente a minha "cadeira de espectáculos" tipicamente americana (bem me parecia que lhe ia dar uso...), e bem jeito me deu!

PS - O local escolhido por nós, ao pé do edifício do Aquário e do Museu de História Natural, tem uma vista soberba sobre a cidade...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Canadá - Parte II

Toronto é uma pequena cidade (pelo menos comparada com Chicago, que é, agora, o meu ponto de referência) do sul do Canadá, do outro lado dos Grandes Lagos da América do Norte, a cerca de (pelo menos) 10h de carro (tem de se contornar o lago) / pouco mais de 1h de avião de Chicago.

A viagem de carro deve ter a sua piada, mas como eu só tinha 3 dias para ir e voltar, e apesar dos preços das viagens de avião estarem pela hora da morte (nunca percebi muito bem esta expressão...), lá me meti num daqueles jets minúsculos (supostamente operados pela American Airlines) e fui explorar o outro lado do lago.


Confesso que não fiquei imensamente bem impressionada com Toronto - esperava uma cidade "verde", acolhedora, onde a qualidade de vida transparecesse a cada esquina. Em vez disso, as minhas primeiras experiências em Toronto envolveram bêbados deambulantes pelo centro da cidade, gente de aspecto duvidoso, sex shops e lojas de tatuagens e piercings (e, por incrível que pareça, não me afastei um milímetro do centro da cidade...).

A acrescer a tudo isto, choveu mais de metade do tempo (é logo caminho andado para não se gostar tanto das cidades) e o avião de regresso atrasou 2 ou 3h, pelo que, no fim do fds, já suspirávamos todos por Chicago... Como foi bom voltar!

Mas ficam para a posteridade a zona portuária, a CN Tower (que domina a paisagem) e a mini Times Square.

Canadá - Parte I

E lá fui eu passar um fds em território canadiano, para acrescentar Toronto e cataratas de Niagara à minha (já considerável, diga-se) lista de locais visitados.

Começando pelo melhor da viagem...

As cataratas de Niagara são, realmente, majestosas e um espectáculo digno de ser visto. São toneladas e toneladas de água, que caem continuamente, de forma furiosa, e que criam uma zona intermédia de condensação tal que "chove" mesmo em locais onde a água das cataratas mal chega.

A emoção atinge o seu pico quando os turistas, vestidos (de azul) a rigor dos pés à cabeça, se aventuram a caminho das cataratas (e eu que sempre achei que o barco atravessava as próprias cataratas para o lado de lá... claro que, quando lá cheguei, percebi que isso nunca seria possível... coisa de filme! E de uma imaginação frutuosa...).

Meia hora depois, lá regressa o barco, com os seus passageiros encharcados que nem pintos; e uma fila interminável de gente já formada de novo no cais, à espera de embarcar.
Ainda tentámos ir visitar o lado americano das cataratas, mas era preciso passaporte para atravessar a "fronteira", por isso, vai ter de ficar para outra vez.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Coldplay

E o que seria da nossa vida sem música...?

Vai daí, abri os cordões à bolsa e fui ontem à noite ver o concerto dos Coldplay no United Center (o estádio dos Chicago Bulls e dos BlackHawks).

E não há dúvida que estes senhores são reis no que toca a actuações ao vivo...

Sem grandes tecnologias maradas e um palco aparentemente simples, cantaram e encantaram uma vasta audiência durante 1h30, entre hits novos e sucessos antigos, jogos de luz e mudanças estratégicas de palco, e ainda gravaram uma parte do concerto para um futuro DVD (até o nome do Obama apareceu subrepticiamente 2 ou 3 vezes numa das bolas gigantes pendurada no tecto).

Foi uma noite muito bem passada e, quando saímos, ficámos maravilhados com o skyline da cidade de Chicago banhado pela lua (quase) cheia... indescritível! (estava tudo a tirar fotos com os telemóveis)

terça-feira, 22 de julho de 2008

White Sox

E lá fui ver mais um jogo de baseball (e continuo a achar uma seca...).

São 3h (mínimo!) de pouca emoção, em que meia dúzia de jogadores se dispõem de forma completamente desproporcional num grande terreno, e estão milhares de pessoas em suspenso por causa de uns tipos que, basicamente, passam o tempo todo a falhar a bola (quando acertam, lá se vivem 2 ou 3 segundos de emoção, até a equipa contrária apanhar de novo a bola e pôr fim à brincadeira).

Mas cada vez percebo melhor o conceito... é que o jogo em si é o menos importante de tudo isto (nem poderia ser de outra forma, dado o pouco interesse da coisa).

De facto, o jogo não pára, durante os 18 innings que é suposto ter, e as pessoas vão dividindo o seu tempo entre as bancadas (normalmente quando a equipa da casa está em campo) e o andar da comida / bebida (quando a equipa adversária está a jogar). Mas não haja qualquer dúvida que os americanos se deslocam ao estádio para o convívio, para terem (mais) uma oportunidade de comer hot-dogs e burgers e beber cerveja a rodos (e nem precisam de se levantar do lugar porque os "vendedores ambulantes" lá andam pelo meio das bancadas a facilitar a vida aos mais preguiçosos).

Já agora, os White Sox ganharam à equipa de Kansas City, o que, para quem percebe disto - o que não é o meu caso - parece que não foi surpresa nenhuma (é assim tipo um Benfica ganhar à União de Leiria... ou não...).

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Viagens

Em vésperas de ir passar um fds familiar ao Canadá...

... Estou já num excitex com a próxima viagem - uma girls trip a Las Vegas!

(pelo meio vou de férias para Portugal, o que também me vai saber lindamente)

PS - Os bilhetes de avião andam mesmo pela hora da morte, apesar de parecer que eu não páro quieta! :-)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um prédio "superior"

A semana passada recebi um papel debaixo da porta do meu apartamento a informar que o prédio está a organizar semanalmente, durante os meses de Verão:

- Aulas de fitness (acho que estas são dentro da piscina);
- Aulas de danças latinas (sempre na moda); e
- Aulas de pilates e ioga.

Ah, claro... tudo gratuito... para os residentes do prédio... :-)

E ontem também tivémos uma festa na piscina de fim de tarde... com música ao vivo, comes e bebes, enquanto o sol se punha... em grande estilo!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Updates no mundo das visitas - round 5

A minha casita de bonecas não se pode queixar de falta de visitas. Agora tenho cá 4 primos de uma só assentada, que vieram para ficar a (quase) longo prazo.

A casa está de pantanas, claro, especialmente a sala, onde os 4 são reis e senhores, mas têm sido divertido tê-los por cá e ver as reacções deles a tudo o que os rodeia (e é novidade). Chicago no seu melhor, uma vez mais! :-)

Cirque du Soleil

Os artistas do Cirque du Soleil decidiram fazer uma temporada em Chicago e ontem à noite aproveitei para ir ver o espectáculo que eles têm por cá, chamado Kooza.

Os bilhetes são caros e eu nem gosto nada de circo (tradicional), mas tinha ouvido tão boas críticas aos espectáculos deles que decidi dar-lhes uma hipótese. E ADOREI! Quem acha que já viu tudo a nível circense (lato sensu), tem mesmo de dar uma espreitadela ao que estes artistas conseguem fazer!

O espectáculo tem ritmo, música ao vivo, criatividade e originalidade em grande estilo. Os vários artistas movimentam-se e fazem todo o tipo de malabarismos que nos deixam (literalmente!) de boca aberta, desafiando as limitações do corpo humano e as próprias leis da física (algumas acrobacias até me deixaram meio nervosa, só de os ver assim pendurados).

terça-feira, 15 de julho de 2008

Americanices

Uns quantos meses já passaram e eu continuo a achar que estes americanos estão loucos (como diria o Obélix), especialmente quando vou ao supermercado e tenho tempo de explorar um pouco mais aquela gruta dos tesouros (à boa velha maneira do Ali Babá).

Já não bastavam as mil e uma diferentes latas de tudo e mais alguma coisa já preparado para não se ter trabalho nenhum a cozinhar em casa – o atum já vem temperado para petiscos e até traz um pacote de bolachas de água e sal a acompanhar, o tomate vem temperado, pelado e cortado aos bocados, o chili já vem preparado e só é preciso abrir a lata e servir, as sopas é só aquecer no micro-ondas... enfim, é a arte do dolce fare niente na cozinha! – quando um destes dias me deparei com o meu favorito (até à data)...

Andava eu à procura de carne e a debater-me com o facto de as embalagens serem todas “tamanho familiar” e, portanto, terem todas umas 30 pernas de frango (que, pelos meus cálculos, deve dar até ao fim da minha estadia por terras do Tio Sam), quando dou por mim a olhar para uma embalagem de... pernas de frango sem pele, sem gordura e sem osso... e depois umas asas de frango sem pele e sem osso...

E não, não parecia nada apetitoso! Era basicamente uma massa rosa e gelatinosa... E logo eu, que adoro pernas e asas de frango... Mas assim também é um exagero! Devolvam a pele e, principalmente, os ossos aos bichos!!! Senão... como distinguimos pernas e frangos de peitos (sim, também eles sem pele e sem ossos, claro!)?

iPhone

Anda tudo maluco com o novo modelo do iPhone... o tal que foi lançado em 23 países ao mesmo tempo (incluindo Portugal) há uns 2 ou 3 dias.

São filas e filas à porta da loja da Apple e das lojas de material electrónico que também vendem o dito cujo, como se o iPhone não existisse aqui nos States há tanto tempo... Não sei bem o que tem este novo modelo, mas parece que toda a gente o quer ter e ninguém tem tempo a perder (excepto nas filas à porta das lojas...)!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Taste of Chicago

No início de Julho teve lugar mais um festival em Chicago, desta vez, "O" festival, o famoso Taste of Chicago.

Desde que aqui cheguei que ouvia falar do Taste of Chicago, esse (quase) mítico acontecimento por que todos (ou quase) esperavam ardentemente desde o início oficial das festividades de Primavera / Verão e, finalmente, ei-lo (que raio de palavra...)!

Foi uma semana inteira (faltou foi tempo para aproveitar devidamente) de comida, bebida e concertos - sim, porque este festival, como o próprio nome indica, é essencialmente um festival gastronómico, em que dezenas de restaurantes da cidade montam as suas barraquinhas no meio do Grant Park e "oferecem" 2 ou 3 dos seus pratos mais típicos.

E os pratos podem ser tão variados quanto tartes polacas (para quem não sabe... há uma enorme comunidade polaca nesta zona), pizzas e gelados, comida peruana (andam a tentar convencer-me que é a nova moda gastronómica...), pratos asiáticos e, claro, as famosas pernas (inteiras) de peru (uma visão algo troglodita, devo confessar...), as sandes de ribs (ribs sem ossos foi a primeira vez que vi...) e coisas-que-tais-mais-americanas-não-é-possível.

Escusado será dizer que fui lá almoçar e jantar 2 ou 3 vezes (e só não fui mais porque entretanto fui para Washington o resto da semana), e foi uma experiência bem engraçada. Tudo isto "temperado" por boa música ao fim do dia (vejam a Joss Stone em grande num dos dias).

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Cinema

Numa pausa entre viagens e visitas, fui uma destas noites ao cinema ver o novo filme da Angelina Jolie (não que eu seja uma grande fã da beleza da respeitável senhora, mas até gosto dos seus filmes...), de seu nome Wanted, e descobri, com agrado, que o mesmo foi filmado na cidade de Chicago.

E realmente filmado aqui, cheio de cenas onde se identificam os prédios, o metro, as ruas, as praças - e não tipo aqueles filmes que são supostamente passados num sítio e, na prática, a acção decorre noutro lado qualquer. Até o Baywatch, vejam bem, foi filmado numa praia e é suposto ser passado noutra! Fiquei mesmo desiludida quando soube disto...

E entretanto anda tudo num grande excitex com o novo filme do Batman, que estreia no próximo dia 18, se não me engano. Não só porque é o último filme do Heath Ledger (e estas coisas, já se sabe, atraem multidões...), mas também porque foi igualmente filmado em Chicago (estejam atentos quando o forem ver ao cinema). E parece que as filmagens acabaram umas 2 semanas antes de eu me ter mudado para cá (maldito timing!) e decorriam mesmo aqui ao pé do escritório, pelo que algumas das ruas aqui à volta estavam fechadas ao trânsito.

Isto, claro, entre muitos outros filmes e séries que têm lugar por estas bandas, sem que eu me tenha apercebido verdadeiramente disso antes de vir para cá - ainda ontem me estavam a dizer que o Fugitivo, com o Harrison Ford, tem umas excelentes cenas da cidade de Chicago (vou ter de o alugar de novo um destes dias para comprovar isso).

E, de vez em quando, lá fecham ruas e bairros ao trânsito para filmagens, mas nunca vi ninguém famoso... só mesmo a Grace que mora no meu prédio! :-)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Por fim...

E para fechar o capítulo de Washington...

No último dia que estivémos na cidade fomos visitar a catedral (a 6ª maior do mundo, segundo dizem), o bairro universitário de Georgetown - com as suas casinhas (estilo colonial inglês) e as suas lojas artísticas, a casa mais antiga da cidade, o local onde o Presidente Lincoln foi assassinado, a sede do FBI e tantas outras coisas que a cidade tem para oferecer.



Mas a grande sensação foi quando, na noite anterior, reunimos 2 portugueses, 1 neo-zelandesa, 1 francesa, 1 italiana, 1 grego, 1 brasileira e 1 peruano e fomos todo jantar... difícil de acreditar, eu sei... a um restaurante português!!!

Foi caldo verde à fartura, pastéis de bacalhau, frango à piri-piri, vinho alentejano... mesa farta e boa comida... só as sobremesas é que não eram lá muito lusitanas, mas por essa altura já estávamos todos conquistados pela comida e pela hospitalidade - o empregado russo que nos serviu no início e o empregado que se seguiu, que nasceu em Angola, filho de mãe holandesa e pai jamaicano, e tem andado pelo mundo!

Escusado será dizer que a decoração do restaurante era "do mais saloio possível", mas até isso me consolou! Ah, e era, literalmente, no meio de nada, completamente fora da cidade, atrás de um banco, com uma entrada completamente escondida... Mas valeu a pena! E tivémos direito a fado e música popular a noite toda!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Happy Birthday, America!

E no passado dia 4 de Julho, os EUA celebraram mais um aniversário.



Com a pompa e circunstância exigida pela data, lá se realizou o tradicional cortejo por volta da hora de almoço e, ao fim da tarde, a zona à volta do Capitólio (o Congresso americano) serviu de palco para o resto das celebrações:

- Um concerto de 1h30 onde vários americanos (de nome completamente desconhecido para mim) se pavonearam e cantaram (qual não foi o meu espanto quando percebi que o intérprete dessa grande canção de rock'n'roll - Great balls of fire - ainda está vivo e dá concertos!);

- Um espectáculo de fogo-de-artifício relativamente "pobre" e decepcionante (supostamente coordenado com a orquestra, mas na prática eram 2 coisas separadas a acontecer ao mesmo tempo) - qualquer fogo-de-artifício da feira do fumeiro mete esses foguetezitos num chinelo!

Ah, à custa de muito esforço - mais de 3 horas sentada no mármore à espera que começasse o espectáculo e depois de 3 molhas consecutivas (quem é que se lembrou de levar chapéu-de-chuva??? À nossa volta, aparentemente quase toda a gente, mas a nós falhou-nos essa parte...) - tenho a dizer que fiquei num lugar privilegiado - mesmo nas escadas no Capitólio, virada de frente para o palco.
Devo ter aparecido em tudo quanto é televisor americano! Eu e mais uma massa uniforme de milhares de outros caramelos que também decidiram dedicar a sua tarde ao aniversário... Até parece que não temos coisas para interessantes para fazer com o nosso tempo livre, mas enfim... em Roma, sê romano!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Vertente Cultural


Washington é a cidade da "monumentalidade", dos edifícios públicos majestosos, cheios de colunas gigantes, altos tectos e fachadas imponentes.

Mas é também a sede da Smithsonian Institution, um complexo cultural/científico que alberga a maior colecção de museus do mundo (19, no seu total) - alguns deles estarão, sem surpresa, entre os melhores do mundo -, 9 centros de pesquisa e ainda um Zoo. E, pasmem-se, todos os museus que pertencem a este complexo são inteiramente GRATUITOS!

Esta fundação deve o seu nome a um cientista inglês chamado James Smithson que, apesar de nunca ter posto os pés no continente americano, deixou toda a sua enorme fortuna a este país para "a divulgação do conhecimento".

Depois de muita hesitação, decidimos explorar o Air and Space Museum e o Native American Museum, qualquer um deles de grande qualidade. Ah, e neste último decidimos, por acaso, explorar o restaurante do museu (a fome apertava), e descobrimos que o mesmo serve refeições indígenas! Foi a loucura! Difícil foi a escolha...

Washington no seu melhor

Washington é internacionalmente conhecida enquanto capital dos EUA e, consequentemente, é a sede de edifícios mundialmente famosos como a Casa Branca e o Congresso americano.



Para além disso, quem nunca viu imagens cinematográficas do Washington Monument ou do Lincoln Memorial? Abraham Lincoln foi o Presidente americano que pôs fim à escravatura nos EUA, mas nem assim - ou talvez mesmo por isso - se livrou de ser apelidado do Presidente americano mais odiado de todos os tempos.

Lincoln Memorial em cima e em baixo à esquerda; Washington Monument em baixo à direita.

Ah, e já agora... quando vos falarem do National Mall, não pensem que é um centro comercial gigante (ou seja, o Colombo lá do sítio)... É uma importantíssima artéria da cidade (que vai até ao Lincoln Memorial), cheia de árvores e "memorials" de guerra e um espelho de água pelo meio... Aqui ficam alguns exemplos.


Em homenagem aos soldados que combateram na Coreia...


Em homenagem às vidas perdidas na 2ª Guerra Mundial...

Washington, D.C.

Capital dos States, Washington, D.C. (District of Columbia) deve o seu nome a George Washington (o 1º Presidente dos EUA) e a Cristóvão Colombo.

Reza a história que várias cidades americanas (incluindo Filadélfia e Baltimore) serviram como capital dos EUA desde a Independência, mas finalmente o Congresso decidiu-se por Washington, na altura pouco mais que um pântano entre os rios Potomac e Anacostia, perto da casa de George Washington.

Washington (mais conhecida por D.C., já que Washington designa quer a capital dos EUA quer o Estado onde se situa Seattle, do outro lado do território americano), goza de um regime político especialíssimo, já que não é um verdadeiro Estado - o District de Columbia não é mais do que um enclave federal, dependendo directamente da estrutura federalista.

Consequentemente, os residentes de Washington apenas ganharam o direito a votar em eleições presidenciais em 1961; depois de uma longa e árdua luta, a cidade ganhou também o direito a ter representantes no Congresso, à semelhança dos outros Estados, mas aos quais não é reconhecido o dinheiro de voto.

Por essa razão, as placas dos carros em Washington reproduzem (mais ou menos) o slogan usado contra os ingleses no séc. XVIII – Taxation without representation – tentando sensibilizar o resto do país para a situação peculiar (e extremamente irónica, diria eu) da capital (da política) dos EUA.


Diz-se que, a curto/médio prazo, a bandeira americana terá de ser alterada para passar a ter 51 estrelas, representando devidamente Washington ao lado dos outros Estados.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

O Resgate Colombiano

Enquanto Portugal dorme, preparo a mala para ir festejar o 4 de Julho a Washington e observo lá fora o movimento rápido das nuvens a prepararem mais uma daquelas tempestades tropicais tão típicas de Chicago (quem diria!). Ah, e maravilho-me com a reportagem da CNN, all night long, sobre o resgate colombiano.

Maravilho-me com o facto de conseguirem passar horas e horas a falar de um país que não é o deles (de vez em quando fala-se do Iraque, uma vez por outra do resto do Médio Oriente, o Reino Unido vem, por vezes, à baila);

Maravilho-me com o facto de, de um momento para o outro, conseguirem montar toda a história do resgate, entrevistar as famílias dos ex-reféns, falar com vários ex-reféns de outros cenários para transmitir informações (mais) precisas sobre a situação, chegar à fala com o ministro colombiano, o embaixador americano na Colômbia e meio FBI em tão pouco tempo;

Mas, principalmente... maravilho-me com o facto de, ainda assim, conseguirem transmitir a ideia de que o papel principal é deles – foram eles que forneceram informações preciosas ao governo colombiano sobre o local dos reféns, foi o equipamento deles que fez a diferença, foram eles que supervisionaram a operação e que, no fundo, permitiram que a libertação ocorresse.

E claro que o facto dos 2 principais entrevistados (e directamente envolvidos na operação) - o ministro colombiano e o embaixador americano na Colômbia – terem expressamente referido, mais do que uma vez, que a operação foi arquitectada, treinada, montada e executada exclusivamente pelos colombianos (e que os States foram apenas envolvidos nas últimas 2 semanas por motivos de coordenação) não foi motivo suficente para mudar o discurso de agentes do FBI entrevistados e jornalistas / comentadores, que sempre que podiam lá referiam o papel fundamental dos EUA nisto tudo...

A minha nova coqueluche



Um destes dias dediquei umas horitas do meu (normalmente muito preenchido) tempo a escolher uma nova máquina fotográfica e o resultado é tão surpreendentemente bom que já várias pessoas, depois de terem vistos as minhas mais recentes fotos (em movimento), me disseram que eu devia ser fotógrafa profissional! :-)

Mas não, não é só talento pessoal... muito destes elogios são, no fundo, devidos à máquina!

Pride Parade

A maior atracção deste domingo, por terras do tio Sam, não foi a final do Euro (merecidamente ganha pela Espanha, tenho de admitir, apesar de - muito - contrariada).


Chicago saiu à rua em peso para ver... a Gay Parade.


E nós também fomos, claro. Ninguém (político ou marca) quis deixar de se associar ao evento, pelo que a parade se prolongou e prolongou...
PS - Entretanto começou a chover e acabámos por ir para um bar ver a 2ª parte do jogo do Euro.