HALLOWEEN!!!!
(não que eu seja grande adepta de máscaras, mas sempre é - mais - uma razão válida para umas quantas festas)
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
CNN
Curiosa foi a posição da CNN, que se recusou a mudar o alinhamento dos seus programas para encaixar o anúncio do Obama e emitiu um comunicado a dizer que preferia manter-se imparcial e continuar a fazer comentários a ambos os candidatos e aos vários aspectos da campanha do que ceder o seu tempo de antena de forma unilateral.
Mas depois (como é óbvio!) passou o resto da noite a emitir partes do anúncio e a fazer comentários ao mesmo e ainda deu tempo de antena (gratuito) ao McCain, porque nessa mesma noite ele foi entrevistado pelo Larry King - sendo que, do meu ponto de vista, e apesar de outros canais serem piores, não se pode dizer que a CNN seja imparcial... é completamente pró-Obama, de uma forma geral (daí até ter ficado surpreendida com esta tomada de posição radical)!
Até os republicanos que a CNN usa como comentadores políticos são muito, muito moderados (por vezes dão "melhor nota" ao Obama do que ao McCain) e mesmo no tempo em que a Clinton ainda estava em campanha, era exasperante ver a diferença de tratamento entre ela e o Obama, adoptado como menino querido pelos media em geral desde o início!
Além disso, e por mais que eu goste do programa da Campbell Brown (já de si, de teor totalmente político), pergunto-me até que ponto faz sentido subtrair aos americanos o direito de assistir ao anúncio do Obama - a CNN não se importa de passar anúncios de poucos minutos, mas meia-hora já é demasiado?? É pelo facto da Campbell ter de partilhar tempo de antena com o Obama naquela noite? Pretendem punir quem é mais eficiente a angariar dinheiro? Onde está a fronteira?
Mas depois (como é óbvio!) passou o resto da noite a emitir partes do anúncio e a fazer comentários ao mesmo e ainda deu tempo de antena (gratuito) ao McCain, porque nessa mesma noite ele foi entrevistado pelo Larry King - sendo que, do meu ponto de vista, e apesar de outros canais serem piores, não se pode dizer que a CNN seja imparcial... é completamente pró-Obama, de uma forma geral (daí até ter ficado surpreendida com esta tomada de posição radical)!
Até os republicanos que a CNN usa como comentadores políticos são muito, muito moderados (por vezes dão "melhor nota" ao Obama do que ao McCain) e mesmo no tempo em que a Clinton ainda estava em campanha, era exasperante ver a diferença de tratamento entre ela e o Obama, adoptado como menino querido pelos media em geral desde o início!
Além disso, e por mais que eu goste do programa da Campbell Brown (já de si, de teor totalmente político), pergunto-me até que ponto faz sentido subtrair aos americanos o direito de assistir ao anúncio do Obama - a CNN não se importa de passar anúncios de poucos minutos, mas meia-hora já é demasiado?? É pelo facto da Campbell ter de partilhar tempo de antena com o Obama naquela noite? Pretendem punir quem é mais eficiente a angariar dinheiro? Onde está a fronteira?
Golpe final...?
A campanha do Obama tem (ainda) mais dinheiro para gastar do que tempo de antena disponível para ser comprado, diz-se por aí, por isso decidiu desembolsar os cordões à bolsa e comprou ontem meia hora de horário nobre nas principais televisões.
A publicidade gerada à volta do anúncio de meia hora, antes mesmo de ele ter ido para o ar, foi de tal forma grande que, só por si, já deve ter valido a pena. Mas o anúncio foi realmente perfeito, a todos os níveis: uma jogada muito bem planeada, inteligentemente executada, no timing perfeito, a transmitir serenidade, pose presidencial, atitude, confiança, emoção - basicamente, a mensagem fundamental baseou-se no que Obama pode fazer pelo "americano médio". E McCain e Bush não foram, sequer, mencionados.
A melhor parte foi quando o Obama entrou em directo, da Flórida, nos últimos 2 minutos do tempo de antena, tendo feito um breve discurso e acabado (exactamente dentro do tempo) em verdadeira apoteose, em ambiente de festa!
Até a transmissão do jogo final da World Series foi adiada por causa deste tempo de antena!
A publicidade gerada à volta do anúncio de meia hora, antes mesmo de ele ter ido para o ar, foi de tal forma grande que, só por si, já deve ter valido a pena. Mas o anúncio foi realmente perfeito, a todos os níveis: uma jogada muito bem planeada, inteligentemente executada, no timing perfeito, a transmitir serenidade, pose presidencial, atitude, confiança, emoção - basicamente, a mensagem fundamental baseou-se no que Obama pode fazer pelo "americano médio". E McCain e Bush não foram, sequer, mencionados.
A melhor parte foi quando o Obama entrou em directo, da Flórida, nos últimos 2 minutos do tempo de antena, tendo feito um breve discurso e acabado (exactamente dentro do tempo) em verdadeira apoteose, em ambiente de festa!
Até a transmissão do jogo final da World Series foi adiada por causa deste tempo de antena!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A comunidade tuga
Que Chicago não faz parte do mapa das (significativas) comunidades portuguesas emigrantes por esse mundo fora, não deve ser novidade para ninguém. Quando se ouve falar português na rua (o que não acontece assim com tanta frequência), são sempre brasileiros à conversa e nunca portugueses.
Ainda assim, ultimamente tenho a sensação de esbarrar em portugueses (novos e "conhecidos") a um ritmo alucinante - no cinema, na rua, em eventos sociais (a teia constrói-se a pouco e pouco e tem potencial!).
Por isso, não querendo dar ouvidos a essa ideia pré-concebida de que não existem portugueses em Chicago, pus mãos à obra, reuni todos os contactos (directos e indirectos) de tugas de que já tinha ouvido falar / conhecido, e organizei um jantar (saudoso) só para / de portugueses, que decorreu na passada 6f e juntou cerca de 25 pessoas! E, pasmem, existem muitos mais que não puderam comparecer (e sabe-se lá quantos mais que ainda não fazem parte da minha lista de contactos)!
O jantar foi bem divertido, permitiu fazer novos contactos, potenciais amizades, e um pequeno grupo ainda se aventurou nos copos durante 1 horita ou 2 (pois, a noite acaba geralmente mais cedo, por estas bandas).
É uma experiência certamente a repetir e já sou candidata virtual a cônsul honorária de Chicago (noutra vida, com certeza, que não quero fazer concorrência ao Nelson)!
PS- Já se fala num magusto... :-)
Ainda assim, ultimamente tenho a sensação de esbarrar em portugueses (novos e "conhecidos") a um ritmo alucinante - no cinema, na rua, em eventos sociais (a teia constrói-se a pouco e pouco e tem potencial!).
Por isso, não querendo dar ouvidos a essa ideia pré-concebida de que não existem portugueses em Chicago, pus mãos à obra, reuni todos os contactos (directos e indirectos) de tugas de que já tinha ouvido falar / conhecido, e organizei um jantar (saudoso) só para / de portugueses, que decorreu na passada 6f e juntou cerca de 25 pessoas! E, pasmem, existem muitos mais que não puderam comparecer (e sabe-se lá quantos mais que ainda não fazem parte da minha lista de contactos)!
O jantar foi bem divertido, permitiu fazer novos contactos, potenciais amizades, e um pequeno grupo ainda se aventurou nos copos durante 1 horita ou 2 (pois, a noite acaba geralmente mais cedo, por estas bandas).
É uma experiência certamente a repetir e já sou candidata virtual a cônsul honorária de Chicago (noutra vida, com certeza, que não quero fazer concorrência ao Nelson)!
PS- Já se fala num magusto... :-)
terça-feira, 28 de outubro de 2008
A CRISE
Num país em que impera a lei do mercado (quase) ao seu mais alto nível, é assustador ver a rapidez com que as consequências da crise se manifestam e espalham.
Ainda a crise não passava "do papel" (i.e., a queda das bolsas), já as empresas faziam cortes no pessoal, por forma a ajustar de forma rápida e "indolor" - 900 empregados foram logo despedidos a nível nacional (só na minha empresa). A semana passada, foram "dispensadas" algumas secretárias (quando se começam a despedir pessoas que custam a ridícula quantia de 50$ por hora numa empresa em que qualquer "técnico" custa 10 vezes mais do que isso, deixa-nos a pensar quando será a nossa vez...).
Várias reuniões e sessões de treino colectivo (que implicavam deslocações) foram imediatamente cancelados, para poupar nos custos dos hotéis e viagens e refeições (e o budget que existe para os poucos eventos que ainda se realizam é ridiculamente baixo e mal dá para proporcionar refeições decentes).
Por último, as máquinas de venda de chocolates e bebidas sofreram reestruturações no início da semana - sob o pretexto de passarem a disponibilizar opções mais saudáveis (que fique registado que o conceito de "comida saudável" para os americanos pouco mais é do que beber diet pepsi em vez de pepsi normal e comer batatas fritas light...), os preços subiram de 25 cêntimos para, nalguns casos, mais de 2$... inflação galopante, diria eu!
A economia americana parece "ajustar-se" à crise mais por meio de "ajustamento" de pessoal do que por "ajustamento" do plano mas, de uma forma ou de outra, as empresas não ficam sentadas de braços cruzados à espera que a crise se instale.
Neste mercado, sente-se o peso da insegurança a um nível que nunca pensei experimentar e as pessoas vivem claramente angustiadas no seu dia-a-dia, mesmo numa empresa (como esta) que continua em crescimento... Ninguém se sente seguro, neste momento, especialmente porque o ritmo de trabalho diminuiu drasticamente nas últimas semanas e o mercado está expectante, sem se querer comprometer com grandes projectos ou custos.
Ainda a crise não passava "do papel" (i.e., a queda das bolsas), já as empresas faziam cortes no pessoal, por forma a ajustar de forma rápida e "indolor" - 900 empregados foram logo despedidos a nível nacional (só na minha empresa). A semana passada, foram "dispensadas" algumas secretárias (quando se começam a despedir pessoas que custam a ridícula quantia de 50$ por hora numa empresa em que qualquer "técnico" custa 10 vezes mais do que isso, deixa-nos a pensar quando será a nossa vez...).
Várias reuniões e sessões de treino colectivo (que implicavam deslocações) foram imediatamente cancelados, para poupar nos custos dos hotéis e viagens e refeições (e o budget que existe para os poucos eventos que ainda se realizam é ridiculamente baixo e mal dá para proporcionar refeições decentes).
Por último, as máquinas de venda de chocolates e bebidas sofreram reestruturações no início da semana - sob o pretexto de passarem a disponibilizar opções mais saudáveis (que fique registado que o conceito de "comida saudável" para os americanos pouco mais é do que beber diet pepsi em vez de pepsi normal e comer batatas fritas light...), os preços subiram de 25 cêntimos para, nalguns casos, mais de 2$... inflação galopante, diria eu!
A economia americana parece "ajustar-se" à crise mais por meio de "ajustamento" de pessoal do que por "ajustamento" do plano mas, de uma forma ou de outra, as empresas não ficam sentadas de braços cruzados à espera que a crise se instale.
Neste mercado, sente-se o peso da insegurança a um nível que nunca pensei experimentar e as pessoas vivem claramente angustiadas no seu dia-a-dia, mesmo numa empresa (como esta) que continua em crescimento... Ninguém se sente seguro, neste momento, especialmente porque o ritmo de trabalho diminuiu drasticamente nas últimas semanas e o mercado está expectante, sem se querer comprometer com grandes projectos ou custos.
Madonna
A Rainha do mundo da música deu o seu ar de graça em Chicago em dois memoráveis concertos integrados na sua mais recente tournée.
Apesar dos graus negativos que ontem à noite já se faziam sentir (lá me resignei às evidências e tive mesmo de vestir o casacão de inverno), decidi que não podia perder o espectáculo (e o preço exorbitante que paguei pelo bilhete, diga-se de passagem!) e fui deliciar-me com 2h de puro entreternimento e criatividade ao mais alto nível, num concerto que, para mim, superou, inclusive, o anterior!
Madonna continua, portanto, a mostrar (aos 50 anos!) que (ainda) é Rainha do mundo do espectáculo!
Apesar dos graus negativos que ontem à noite já se faziam sentir (lá me resignei às evidências e tive mesmo de vestir o casacão de inverno), decidi que não podia perder o espectáculo (e o preço exorbitante que paguei pelo bilhete, diga-se de passagem!) e fui deliciar-me com 2h de puro entreternimento e criatividade ao mais alto nível, num concerto que, para mim, superou, inclusive, o anterior!
Madonna continua, portanto, a mostrar (aos 50 anos!) que (ainda) é Rainha do mundo do espectáculo!
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Cinema Italiano
Apesar de não ter ficado grandemente impressionada com o Gomorra, de que anda toda a gente a falar, decidi dar uma segunda oportunidade ao cinema italiano.
Por isso, ainda no âmbito do festival internacional de cinema, fui ver "Caos calmo" - o novo filme de Nanni Moretti que, pelos vistos, recebeu 18 nomeações para os prémios de cinema italianos - e "A rapariga do lago", um policial filmado num daqueles locais paradisíacos no meio das montanhas. Gostei bastante de ambos e foi interessante ver a adesão em massa que tiveram.
Uns dias antes tinha ido ver o último filme de James Gray (realizador, entre outros, de "Nós controlamos a noite", que esteve recentemente no cinema), com o Joaquin Phoenix e a Gwyneth Paltrow, chamado "Two Lovers", e no final do filme o realizador apareceu para responder a perguntas do público (eu achei o máximo!).
Por isso, ainda no âmbito do festival internacional de cinema, fui ver "Caos calmo" - o novo filme de Nanni Moretti que, pelos vistos, recebeu 18 nomeações para os prémios de cinema italianos - e "A rapariga do lago", um policial filmado num daqueles locais paradisíacos no meio das montanhas. Gostei bastante de ambos e foi interessante ver a adesão em massa que tiveram.
Uns dias antes tinha ido ver o último filme de James Gray (realizador, entre outros, de "Nós controlamos a noite", que esteve recentemente no cinema), com o Joaquin Phoenix e a Gwyneth Paltrow, chamado "Two Lovers", e no final do filme o realizador apareceu para responder a perguntas do público (eu achei o máximo!).
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Movies
O festival internacional de cinema continua por cá em força e eu tenho tentado aproveitado o mais que posso, pelo que os meus serões têm sido todos (nos últimos 3 ou 4 dias) passados à frente do "grande écrã", para ver filmes de vários países.
Tem sido muito interessante observar a quantidade de gente que, mesmo durante a semana, se tem deslocado ao cinema para ver filmes "estrangeiros" (bem, alguns deles são americanos, naturalmente).
As bilheteiras do festival têm sempre filas que, aliás, crescem de dia para dia, e imagino que este fds ainda haja mais gente do que o fds passado, com vários filmes esgotados de antemão.
Tem sido muito interessante observar a quantidade de gente que, mesmo durante a semana, se tem deslocado ao cinema para ver filmes "estrangeiros" (bem, alguns deles são americanos, naturalmente).
As bilheteiras do festival têm sempre filas que, aliás, crescem de dia para dia, e imagino que este fds ainda haja mais gente do que o fds passado, com vários filmes esgotados de antemão.
E pronto...
Lá começam os textos sobre o tempo... :-)
Mas reparem... se vivessem por cá e tivessem esta manhã saído à rua e percebido, às 9h da manhã, que estavam 3º ou 4º (e eu continuo na minha teoria que os casacos de inverno vão ficar mais algum tempo no armário, independentemente do frio que já faz, sob pena de enlouquecer a pensar que os próximos 6 meses vão ser assim / pior...), iam perceber que é difícil ignorar o tema.
Para além disso, os autocarros já estão "aquecidos", os prédios também, o escritório está um forno... enfim, é a confirmação de que o Inverno está à beira do abismo e pronto a dar um passo em frente (grande verdade futebolística)!
Mas reparem... se vivessem por cá e tivessem esta manhã saído à rua e percebido, às 9h da manhã, que estavam 3º ou 4º (e eu continuo na minha teoria que os casacos de inverno vão ficar mais algum tempo no armário, independentemente do frio que já faz, sob pena de enlouquecer a pensar que os próximos 6 meses vão ser assim / pior...), iam perceber que é difícil ignorar o tema.
Para além disso, os autocarros já estão "aquecidos", os prédios também, o escritório está um forno... enfim, é a confirmação de que o Inverno está à beira do abismo e pronto a dar um passo em frente (grande verdade futebolística)!
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Outono
O Outono veio em força nestes últimos dias...
O verde das árvores está, lentamente, a dar lugar ao acastanhado e ao amarelo e a força do vento está a provocar a queda antecipada das folhas - o Outono é tão bonito!
Pena é que o frio esteja a instalar-se rapidamente... esta manhã já quase me arrependi de ter saído de casa sem o casaco de inverno e as orelhas já doem com o frio! brrrr
O verde das árvores está, lentamente, a dar lugar ao acastanhado e ao amarelo e a força do vento está a provocar a queda antecipada das folhas - o Outono é tão bonito!
Pena é que o frio esteja a instalar-se rapidamente... esta manhã já quase me arrependi de ter saído de casa sem o casaco de inverno e as orelhas já doem com o frio! brrrr
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Festival Internacional de Cinema de Chicago
Durante 2 semanas, Chicago é "palco" de mais de 140 filmes dos mais variados países.
Ontem fomos ver o (já bem famoso) Gomorra, o filme italiano mais badalado dos últimos tempos por ser sobre a máfia napolitana (a Camorra) e por esta ter ameaçado de morte o jornalista / escritor do livro que serve de base ao filme.
Confesso que não fiquei muito bem impressionada - a trama é bastante lenta (é mesmo um filme europeu!), as histórias não são facilmente perceptíveis, não há grande interacção entre os vários enredos e o dialecto napolitano é pouco melodioso (ao contrário da língua italiana propriamente dita, como toda a gente sabe!).
Ainda por cima, eu tinha decidido fazer sessão dupla de cinema nessa tarde / noite e antes do Gomorra fui ver outro filme - inicialmente era para ser outro filme do festival, mas como esse já estava esgotado, acabei por escolher o novo de Ridley Scott, Body of Lies, e adorei! O enredo é perceptível, engenhoso, tem ritmo... enfim, ainda fez o Gomorra parecer mais... filme europeu!
Esta tarde será a vez de um filme brasileiro - Os Desafinados. Espero que seja melhor.
Ontem fomos ver o (já bem famoso) Gomorra, o filme italiano mais badalado dos últimos tempos por ser sobre a máfia napolitana (a Camorra) e por esta ter ameaçado de morte o jornalista / escritor do livro que serve de base ao filme.
Confesso que não fiquei muito bem impressionada - a trama é bastante lenta (é mesmo um filme europeu!), as histórias não são facilmente perceptíveis, não há grande interacção entre os vários enredos e o dialecto napolitano é pouco melodioso (ao contrário da língua italiana propriamente dita, como toda a gente sabe!).
Ainda por cima, eu tinha decidido fazer sessão dupla de cinema nessa tarde / noite e antes do Gomorra fui ver outro filme - inicialmente era para ser outro filme do festival, mas como esse já estava esgotado, acabei por escolher o novo de Ridley Scott, Body of Lies, e adorei! O enredo é perceptível, engenhoso, tem ritmo... enfim, ainda fez o Gomorra parecer mais... filme europeu!
Esta tarde será a vez de um filme brasileiro - Os Desafinados. Espero que seja melhor.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Aniversário
Depois de mais de 260 textos neste blog...
Faz hoje precisamente 1 ano que comecei a trabalhar em Chicago...! :-)
Faz hoje precisamente 1 ano que comecei a trabalhar em Chicago...! :-)
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
My kind of place
Ontem, ao fim da tarde, metemo-nos todos num "School Bus"...
E lá fomos para mais uma "festa de empresa".
Desta vez foi num bar muito original, em que, em vez do tradicional karaoke, existem 2 pianos (por vezes acompanhados de bateria e guitarras) e os músicos vão tocando e cantando as músicas pedidas pelo público, pondo toda a gente também a cantar com eles (sem aqueles constrangimentos típicos de karaoke, pelo menos enquanto não se bebem uns copos e se deixa de pensar nas figuras que se fazem).
Cheguei lá antes das 6h da tarde e o bar já estava animadíssimo (parecia que já andava tudo nos copos desde a hora de almoço!), e a noite foi tão bem passada que desisti de ir cedo para casa para ver o último debate entre o Obama e o McCain (e acabei por ter de o ver tarde e a más horas, depois da festa).
Descanso semanal
A nossa selecção nacional não nos deu alegrias, é certo, este fds, (ainda para mais eu tinha estado a ver os últimos 30 minutos do jogo de Inglaterra, que acabou 5-1 contra o Kazaquistão, e o nosso empate a zero ainda soube a menos!) mas de resto foi tudo perfeito...
Um tempo incrível de Verão (coitados dos maratonistas, que apanharam temperaturas de 30 graus) - ainda assim, este ano "só" foram recambiadas para o hospital 76 pessoas, enquanto que a maratona do ano passado teve de ser cancelada a meio (quando chegaram à brilhante conclusão que já não podiam assegurar a lubrificação dos atletas, por falta de garrafas de água disponíveis), com centenas de pessoas a irem parar ao hospital e um atleta que acabou por falecer (devido a anteriores problemas cardíacos);
Lá se realizou o festival de música country e eu passei a tarde de domingo à sombra de uma árvore, num dos parques da cidade, a pôr a leitura em dia ao som da música "ambiente" - quase que fiquei fã de música country, imaginem! E, claro, levei o meu chapéu de cowboy!
No domingo fui convidada para um jantar de estudantes portugueses em Chicago e lá conheci mais uma dezena de gente nova (e como o mundo é pequeno, já conhecia - pelo menos de vista - 1 ou 2!).
Ah, e ainda fui estoirar dinheiro nas compras (atitude sensata nesta época de crise...?), fui espreitar o ambiente numa festa "dita" europeia no sábado à noite e meti o "cinema em dia" na sexta.
Um tempo incrível de Verão (coitados dos maratonistas, que apanharam temperaturas de 30 graus) - ainda assim, este ano "só" foram recambiadas para o hospital 76 pessoas, enquanto que a maratona do ano passado teve de ser cancelada a meio (quando chegaram à brilhante conclusão que já não podiam assegurar a lubrificação dos atletas, por falta de garrafas de água disponíveis), com centenas de pessoas a irem parar ao hospital e um atleta que acabou por falecer (devido a anteriores problemas cardíacos);
Lá se realizou o festival de música country e eu passei a tarde de domingo à sombra de uma árvore, num dos parques da cidade, a pôr a leitura em dia ao som da música "ambiente" - quase que fiquei fã de música country, imaginem! E, claro, levei o meu chapéu de cowboy!
No domingo fui convidada para um jantar de estudantes portugueses em Chicago e lá conheci mais uma dezena de gente nova (e como o mundo é pequeno, já conhecia - pelo menos de vista - 1 ou 2!).
Ah, e ainda fui estoirar dinheiro nas compras (atitude sensata nesta época de crise...?), fui espreitar o ambiente numa festa "dita" europeia no sábado à noite e meti o "cinema em dia" na sexta.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Religiões
Uma das vertentes fascinantes de se viver num país verdadeiramente multi-racial e multi-cultural (ainda que a interacção dos vários grupos não funcione assim tão bem na prática, como podem imaginar) é o contacto que passei a ter com vivências completamente diferentes da minha.
Quando o meu departamento se reuniu, a nível nacional, o mês passado, foi interessante ver como aqueles dias em particular tinham diferentes significados para as várias religiões em causa.
De facto, calhou estarmos todos juntos quando se celebravam os últimos dias do Ramadão, por um lado, e o ano novo judaico, por outro, pelo que:
- Uma das raparigas estava em rigoroso cumprimento do Ramadão e só comia e bebia após o pôr-do-sol, pelo que não podia "pequeno-almoçar" nem almoçar connosco e só se juntava a nós na sala de refeições por alturas do jantar (haviam de ver a cara de pânico dela uma das noites quando se apercebeu que o crepe chinês que estava a comer não era o tradicional vegetariano mas sim o de carne de porco...! Até tive pena da aflição dela e estive mesmo para lhe dizer que isso não devia ser suficiente para ela ir parar ao inferno... mas nunca se sabe...);
- Essa mesma rapariga passou a noite de 6f, dia 26 de Set, em claro, porque diz-se que era a noite em que os anjos desciam à terra para ouvir os desejos dos crentes e ela tinha muitos desejos para pedir... (e penitências a fazer, depois do crepe de porco!);
- O outro muçulmano decidiu adoptar a regra (realmente existente) de que o Ramadão não tem de ser cumprido quando se está em viagem para interromper, durante uns dias, o jejum forçado durante o dia, mas iria regressar ao cumprimento da penitência assim que regressasse a casa;
- A Natalie, judia ortodoxa em elevadíssimo grau, só come comida kosher e tem sempre uns horários estranhíssimos para poder estar em casa por altura do pôr-do-sol às sextas-feiras (um destes dias hei-de explicar-vos melhor as inúmeras e, por vezes, bem ridículas restrições destes ortodoxos), pelo que tirou uns dias de férias para poder "festejar" (com muitas rezas, naturalmente) devidamente o fim-de-ano judeu e teve de se ausentar antes do fim da semana;
- Um dos meus chefes está hoje de jejum (há 24h) porque parece que é o dia em que os judeus se penitenciam e pedem perdão pela sua conduta para iniciarem "limpos" o próximo ano - ele queria ter tirado o dia e ir à sinagoga, como mandam as "regras", mas como a sinagoga estava a cobrar 300$ de entrada (!) e ele nem é assim tão religioso quanto isso, decidiu cumprir o jejum (sólido e líquido) mas veio trabalhar...
Enfim... ser religioso pode dar muito trabalho!
Quando o meu departamento se reuniu, a nível nacional, o mês passado, foi interessante ver como aqueles dias em particular tinham diferentes significados para as várias religiões em causa.
De facto, calhou estarmos todos juntos quando se celebravam os últimos dias do Ramadão, por um lado, e o ano novo judaico, por outro, pelo que:
- Uma das raparigas estava em rigoroso cumprimento do Ramadão e só comia e bebia após o pôr-do-sol, pelo que não podia "pequeno-almoçar" nem almoçar connosco e só se juntava a nós na sala de refeições por alturas do jantar (haviam de ver a cara de pânico dela uma das noites quando se apercebeu que o crepe chinês que estava a comer não era o tradicional vegetariano mas sim o de carne de porco...! Até tive pena da aflição dela e estive mesmo para lhe dizer que isso não devia ser suficiente para ela ir parar ao inferno... mas nunca se sabe...);
- Essa mesma rapariga passou a noite de 6f, dia 26 de Set, em claro, porque diz-se que era a noite em que os anjos desciam à terra para ouvir os desejos dos crentes e ela tinha muitos desejos para pedir... (e penitências a fazer, depois do crepe de porco!);
- O outro muçulmano decidiu adoptar a regra (realmente existente) de que o Ramadão não tem de ser cumprido quando se está em viagem para interromper, durante uns dias, o jejum forçado durante o dia, mas iria regressar ao cumprimento da penitência assim que regressasse a casa;
- A Natalie, judia ortodoxa em elevadíssimo grau, só come comida kosher e tem sempre uns horários estranhíssimos para poder estar em casa por altura do pôr-do-sol às sextas-feiras (um destes dias hei-de explicar-vos melhor as inúmeras e, por vezes, bem ridículas restrições destes ortodoxos), pelo que tirou uns dias de férias para poder "festejar" (com muitas rezas, naturalmente) devidamente o fim-de-ano judeu e teve de se ausentar antes do fim da semana;
- Um dos meus chefes está hoje de jejum (há 24h) porque parece que é o dia em que os judeus se penitenciam e pedem perdão pela sua conduta para iniciarem "limpos" o próximo ano - ele queria ter tirado o dia e ir à sinagoga, como mandam as "regras", mas como a sinagoga estava a cobrar 300$ de entrada (!) e ele nem é assim tão religioso quanto isso, decidiu cumprir o jejum (sólido e líquido) mas veio trabalhar...
Enfim... ser religioso pode dar muito trabalho!
Descanso...? Talvez não...
Avizinha-se um fds preenchido entre:
- Jogo de Portugal no sábado à tarde (aqui é à 1h da tarde...)
- Festa "europeia" à noite
- Maratona de Chicago no domingo de manhã (já fui "escalada" para fornecer água à minha amiga neo-zelandesa algures na milha 20, por volta das 11h da manhã)
- Festival de música country (entrada gratuita) durante todo o fds...
E quero ver se vou às compras e se ainda arranjo tempo para gozar o regresso dos dias de Verão! Ufa, não sei se 48h vão dar para tudo...
- Jogo de Portugal no sábado à tarde (aqui é à 1h da tarde...)
- Festa "europeia" à noite
- Maratona de Chicago no domingo de manhã (já fui "escalada" para fornecer água à minha amiga neo-zelandesa algures na milha 20, por volta das 11h da manhã)
- Festival de música country (entrada gratuita) durante todo o fds...
E quero ver se vou às compras e se ainda arranjo tempo para gozar o regresso dos dias de Verão! Ufa, não sei se 48h vão dar para tudo...
Curtas
Com a política e a economia na América ao rubro, é difícil estar a par de tudo:
- Obama cada vez mais confortavelmente à frente nas sondagens que o dão como o próximo Presidente dos States;
- McCain melhorou o seu desempenho no último debate mas ainda não conseguiu dar a volta à dinâmica da campanha e das sondagens (o debate foi, aliás, chatérrimo!);
- finalmente começa a discutir-se "a sério" qual será o impacto, no dia das eleições, pelo facto do principal candidato ser "black" - um destes dias foi adiantado que se espera que esse factor possa custar ao Obama entre 5 a 6% dos votos, pelo que a margem que ele tem, neste momento, face ao McCain, pode não ser suficiente;
- a campanha começa a atingir "o fundo" no que toca a ataques pessoais (nada que não se estivesse já à espera...);
- os bancos centrais / federais um pouco por todo o mundo decidiram, numa atitude coordenada e concertada sem precedentes, baixar as taxas de juros - as bolsas não reflectiram, de imediato, essa boa notícia;
- foi ontem tornado público que a AIG, a maior seguradora americana e uma das principais responsáveis (pelas suas acções e "apostas") pela crise actual, acabou de gastar milhões de dólares em spas e hotéis para "recompensar" os seus maiores agentes - nada disto teria tido grande impacto não fora o facto do governo americano ter já tido, POR 2 VEZES num espaço curtíssimo de tempo, que injectar dinheiro na empresa, num total de 120 milhares de milhões de dólares, para que a mesma não abrisse falência...
- Obama cada vez mais confortavelmente à frente nas sondagens que o dão como o próximo Presidente dos States;
- McCain melhorou o seu desempenho no último debate mas ainda não conseguiu dar a volta à dinâmica da campanha e das sondagens (o debate foi, aliás, chatérrimo!);
- finalmente começa a discutir-se "a sério" qual será o impacto, no dia das eleições, pelo facto do principal candidato ser "black" - um destes dias foi adiantado que se espera que esse factor possa custar ao Obama entre 5 a 6% dos votos, pelo que a margem que ele tem, neste momento, face ao McCain, pode não ser suficiente;
- a campanha começa a atingir "o fundo" no que toca a ataques pessoais (nada que não se estivesse já à espera...);
- os bancos centrais / federais um pouco por todo o mundo decidiram, numa atitude coordenada e concertada sem precedentes, baixar as taxas de juros - as bolsas não reflectiram, de imediato, essa boa notícia;
- foi ontem tornado público que a AIG, a maior seguradora americana e uma das principais responsáveis (pelas suas acções e "apostas") pela crise actual, acabou de gastar milhões de dólares em spas e hotéis para "recompensar" os seus maiores agentes - nada disto teria tido grande impacto não fora o facto do governo americano ter já tido, POR 2 VEZES num espaço curtíssimo de tempo, que injectar dinheiro na empresa, num total de 120 milhares de milhões de dólares, para que a mesma não abrisse falência...
terça-feira, 7 de outubro de 2008
E chega ao fim...
... a ambição chicaguense de vencer a World Series (continuo deslumbrada com o nome escolhido!).
Os White Sox foram ontem afastados dos playoff de baseball contra uma equipa de LA e os Chicago Cubs já haviam perdido no final da semana passada, pelo que a nossa "torcida" acabou de ficar órfã...
Acabou também a desculpa para, de repente, "desaparecer" do escritório a meio da tarde para ir assistir aos jogos (não eu, naturalmente, que continuo sem perceber o interesse deste desporto).
Os bilhetes para os jogos eram tão difíceis de obter que, até à última da hora, não se sabia bem se dava para ir ou não e, de repente, havia sempre 2 ou 3 que desapareciam "misteriosamente" o resto da tarde imediatamente antes do jogo começar - ainda ontem, no último jogo dos White Sox, os meus chefes "desapareceram" às 3h da tarde, sem dar cavaco a ninguém... Boa vida!
Eu aproveitei e fui ao cinema (os irmãos Cohen valem sempre o "ticket") enquanto a cidade estava silenciosa e deserta a digerir a derrota...
Os White Sox foram ontem afastados dos playoff de baseball contra uma equipa de LA e os Chicago Cubs já haviam perdido no final da semana passada, pelo que a nossa "torcida" acabou de ficar órfã...
Acabou também a desculpa para, de repente, "desaparecer" do escritório a meio da tarde para ir assistir aos jogos (não eu, naturalmente, que continuo sem perceber o interesse deste desporto).
Os bilhetes para os jogos eram tão difíceis de obter que, até à última da hora, não se sabia bem se dava para ir ou não e, de repente, havia sempre 2 ou 3 que desapareciam "misteriosamente" o resto da tarde imediatamente antes do jogo começar - ainda ontem, no último jogo dos White Sox, os meus chefes "desapareceram" às 3h da tarde, sem dar cavaco a ninguém... Boa vida!
Eu aproveitei e fui ao cinema (os irmãos Cohen valem sempre o "ticket") enquanto a cidade estava silenciosa e deserta a digerir a derrota...
Palin vs Biden
Num dia de atenções centradas em Obama e McCain, não queria deixar passar a oportunidade de tecer breves comentários ao debate Sarah Palin vs Joe Biden da semana passada.
Primeiro que tudo, é interessante ver como tanta celeuma e tantas expectativas se geraram à volta de ambos e do debate - para dar um exemplo que, obviamente, vale o que vale, houve imensa gente que trabalha comigo que não quis perder pitada do acontecimento e foi saindo discretamente mais cedo do evento social que a empresa organizou naquela tarde / noite (uma caça ao tesouro dedicada aos anos 80, com muitos comes e bebes, como já vem sendo apanágio...) para ir para casa assistir ao debate (se tivesse sido um dia normal, nem pensar que alguém arredaria pé àquelas horas!).
E quem assistiu ao debate não ficou desiludido (a não ser que quisesse ver sangue, o que também era uma hipótese que estava em cima da mesa...), pois o desempenho de ambos excedeu as expectativas de todos (apesar da Palin se ter esquivado a responder directamente às perguntas...).
Ela falou ao coração do "homem médio" americano (num país deste tamanho e com tantas diferenças, tenho as minhas dúvidas que este conceito não seja completamente esvaziado de conteúdo...) - aproveitou para falar da sua experiência enquanto governadora do Alasca (uma atitude muito inteligente), reforçou a sua mais-valia na área do ambiente, as suas convicções morais-religiosas-familiares e a sua aposta nas ideias de McCain. Tinha a lição bem estudada e usou e abusou dos "chavões" decorados.
Biden falou enquanto político (insider de Washington mas não seguidista), apresentou factos concretos do desempenho de McCain no Senado (nunca percebi bem o impacto real de se estar para ali a referir que determinado candidato votou 50 vezes contra isto e 33 contra aquilo, e ninguém sabe muito bem em que consistiam as propostas em causa), mostrou-se seguro do seu apoio a Obama e crente do movimento que representa.
Biden foi unanimemente considerado o vencedor do debate (apesar da Palin ter superado todas as expectativas) e, por isso, devolveu a bola a Obama para, esta noite, prosseguir esta dinâmica vencedora.
Primeiro que tudo, é interessante ver como tanta celeuma e tantas expectativas se geraram à volta de ambos e do debate - para dar um exemplo que, obviamente, vale o que vale, houve imensa gente que trabalha comigo que não quis perder pitada do acontecimento e foi saindo discretamente mais cedo do evento social que a empresa organizou naquela tarde / noite (uma caça ao tesouro dedicada aos anos 80, com muitos comes e bebes, como já vem sendo apanágio...) para ir para casa assistir ao debate (se tivesse sido um dia normal, nem pensar que alguém arredaria pé àquelas horas!).
E quem assistiu ao debate não ficou desiludido (a não ser que quisesse ver sangue, o que também era uma hipótese que estava em cima da mesa...), pois o desempenho de ambos excedeu as expectativas de todos (apesar da Palin se ter esquivado a responder directamente às perguntas...).
Ela falou ao coração do "homem médio" americano (num país deste tamanho e com tantas diferenças, tenho as minhas dúvidas que este conceito não seja completamente esvaziado de conteúdo...) - aproveitou para falar da sua experiência enquanto governadora do Alasca (uma atitude muito inteligente), reforçou a sua mais-valia na área do ambiente, as suas convicções morais-religiosas-familiares e a sua aposta nas ideias de McCain. Tinha a lição bem estudada e usou e abusou dos "chavões" decorados.
Biden falou enquanto político (insider de Washington mas não seguidista), apresentou factos concretos do desempenho de McCain no Senado (nunca percebi bem o impacto real de se estar para ali a referir que determinado candidato votou 50 vezes contra isto e 33 contra aquilo, e ninguém sabe muito bem em que consistiam as propostas em causa), mostrou-se seguro do seu apoio a Obama e crente do movimento que representa.
Biden foi unanimemente considerado o vencedor do debate (apesar da Palin ter superado todas as expectativas) e, por isso, devolveu a bola a Obama para, esta noite, prosseguir esta dinâmica vencedora.
Debates - Parte II
Daqui a umas horas, Obama e McCain defrontam-se novamente, naquilo que será o 2º debate da campanha presidencial, quando falta menos de 1 mês para as eleições.
O tom da campanha endureceu significativamente nos últimos dias entre os dois candidatos e respectivas equipas - é o tudo ou nada, especialmente da parte de McCain, agora atrás nas várias sondagens que têm sido tornadas públicas nos últimos tempos.
Esta noite vai haver espaço a perguntas feitas pelo "povo" - vamos ver como os candidatos se safam.
O tom da campanha endureceu significativamente nos últimos dias entre os dois candidatos e respectivas equipas - é o tudo ou nada, especialmente da parte de McCain, agora atrás nas várias sondagens que têm sido tornadas públicas nos últimos tempos.
Esta noite vai haver espaço a perguntas feitas pelo "povo" - vamos ver como os candidatos se safam.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
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Austin
Capital do grande Estado do Texas, Austin é uma pequena cidade universitária, democrata (num Estado predominantemente republicano), artística, musical, cheia de vida - aparentemente, segundo a opinião de toda a gente que conheço, a mais interessante das cidades do Texas (segundo alguns, é mesmo a única cidade texana que vale a pena conhecer!).
No último fds de Set realizou-se em Austin um famoso festival de música chamado Austin City Limits e eu, que adoro música em geral e festivais em particular, e até estava no Texas a trabalho, mudei-me de armas e bagagens para aquela pequena cidade, decidida a não perder pitada daquele ambiente colegial durante o fds.
O festival foi muito, muito bom: algumas bandas locais, em fase de lançamento, alguns artistas dos anos 60 (Robert Plant, dos Led Zepellin, foi, talvez, o expoente desse movimento saudosista), world music (Erykah Badu lá estava a representar esta categoria - confesso que não fiquei muito fã...), gospel, rock e, no dia em que fui lá estive, o grande Beck a fechar o espectáculo (do qual eu nem sou a maior fã, mas reconheço o seu génio musical)!
Gostei particularmente das bandas / artistas de quem nunca tinha ouvido falar - Electric Touch, The Fratellis (aparentemente muito conhecidos em Inglaterra), Eli "Paperboy" Reed and the True Loves... Também por lá passou uma banda brasileira relativamente conhecida - Cansei de ser sexy - mas o espectáculo deles deixou muito a desejar...
No último fds de Set realizou-se em Austin um famoso festival de música chamado Austin City Limits e eu, que adoro música em geral e festivais em particular, e até estava no Texas a trabalho, mudei-me de armas e bagagens para aquela pequena cidade, decidida a não perder pitada daquele ambiente colegial durante o fds.
O festival foi muito, muito bom: algumas bandas locais, em fase de lançamento, alguns artistas dos anos 60 (Robert Plant, dos Led Zepellin, foi, talvez, o expoente desse movimento saudosista), world music (Erykah Badu lá estava a representar esta categoria - confesso que não fiquei muito fã...), gospel, rock e, no dia em que fui lá estive, o grande Beck a fechar o espectáculo (do qual eu nem sou a maior fã, mas reconheço o seu génio musical)!
Estavam mais de 30º naquele fds e um sol que mal se aguentava, mas ninguém quis arredar pé dos 8 palcos à disposição, ninguém quis perder pitada dos espectáculos!
Gostei particularmente das bandas / artistas de quem nunca tinha ouvido falar - Electric Touch, The Fratellis (aparentemente muito conhecidos em Inglaterra), Eli "Paperboy" Reed and the True Loves... Também por lá passou uma banda brasileira relativamente conhecida - Cansei de ser sexy - mas o espectáculo deles deixou muito a desejar...
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Debate Presidencial - Parte I
Depois de muitas peripécias no aeroporto de Dallas (cada vez acho mais que a única coisa interessante de ir a Dallas é poder andar de limosine para todo o lado!) e de descobrir que não tinha bilhete de avião para Austin, lá cheguei finalmente a Austin a tempo de ver cerca de metade do debate presidencial (a primeira metade ouvi no táxi a caminho do hotel) – um debate relativamente morno, marcado por frases-chave como “o que o senador Obama não percebe” vs “o John tem razão mas” (nem imaginam o quanto estas expressões obviamente estudadas e planeadas ao pormenor pelos staffs de ambas as campanhas têm sido analisadas pelos media nos últimos dias!).
McCain saiu-se bem melhor do que eu esperava e, apesar de não ter saído propriamente vencedor do debate, conseguiu debater-se com alguma segurança e fluidez de raciocínio com Obama, não permitindo que este saísse claro vencedor do debate – convenhamos que num debate em que metade do tempo se discutiu economia americana (apesar de inicialmente estar previsto ser um debate para discutir política externa), não deixa de ser preocupante que Obama não tenha conseguido ganhar mais visibilidade e encostar McCain à sua condição de “apoiante” de Bush, ou seja, co-ajudante de toda esta trapalhada económica.
O próximo debate é já amanhã, desta vez entre os vice-presidentes (qualquer um deles conhecido pelas suas gaffes monumentais, por isso esperam-se horas animadas e, aliás, é provável que a audiência deste seja superior à do próprio debate da semana passada entre Obama e McCain).
McCain saiu-se bem melhor do que eu esperava e, apesar de não ter saído propriamente vencedor do debate, conseguiu debater-se com alguma segurança e fluidez de raciocínio com Obama, não permitindo que este saísse claro vencedor do debate – convenhamos que num debate em que metade do tempo se discutiu economia americana (apesar de inicialmente estar previsto ser um debate para discutir política externa), não deixa de ser preocupante que Obama não tenha conseguido ganhar mais visibilidade e encostar McCain à sua condição de “apoiante” de Bush, ou seja, co-ajudante de toda esta trapalhada económica.
O próximo debate é já amanhã, desta vez entre os vice-presidentes (qualquer um deles conhecido pelas suas gaffes monumentais, por isso esperam-se horas animadas e, aliás, é provável que a audiência deste seja superior à do próprio debate da semana passada entre Obama e McCain).
Está confirmado...
Chicago Cubs e White Sox entre as 8 melhores equipas do campeonato de baseball de 2008! Seguem-se os playoffs! :-)
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